SÃO PAULO, 10 de novembro (Reuters) – A bolsa brasileira aproveitava a leve melhora no cenário externo e operava em alta nesta quinta-feira, recuperando parte das perdas da véspera, quando caiu 2,5 por cento.
Às 13h05 o Ibovespa subia 0,48 por cento, a 57.825 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,4 bilhão de reais.
“Na quarta-feira a queda foi muito forte por causa de Itália, que pegou (as ações de) bancos e contaminou tudo”, lembrou o economista Pedro Paulo da Silveira, da Tov Corretora.
Para ele, a recuperação desta sessão também está relacionada com a atual atratividade dos mercados emergentes.
“A Bovespa vinha em um processo de recuperação porque já tinha apanhado muito e como os mercados emergentes (neste momento) são a saída, ele dá essa recuperada”, afirmou.
No cenário externo, houve uma leve melhora nos temores dos investidores, com a notícia de que, na Grécia, um novo governo assumirá às 10h (horário de Brasília) de sexta-feira.
Na Itália, foi pago o juro mais elevado em 14 anos para vender 5 bilhões de euros em notas de 12 meses nesta quinta-feira, mas houve alívio com a tranquilidade na qual transcorreu o leilão de dívida pública.
No mercado interno, os balanços divulgados entre a noite da véspera e esta manhã influenciavam nas ações e consequentemente no Ibovespa.
Cosan estava entre as maiores altas, de 2,7 por cento, a 27,41 reais, com os resultados do segundo trimestre fiscal em patamares dentro do que era esperado pelo mercado.
Cyrela também seguida esse movimento, e subia 2,69 por cento, a 14,53 reais, após divulgar um lucro líquidoacima das estimativas de analistas.
Na outra ponta, Telefônica recuava 2,41 por cento, após informar que a margem Ebitda no período passou de 36 para 34,2 por cento, ante previsão de 35,9 por cento de analistas.
TAM também caía, em 2,12 por cento, após divulgar um prejuízo líquido de 619,7 milhões de reais no terceiro trimestre.
Entre as blue chips, a preferencial da Vale e da Petrobras operavam em alta. A mineradora 0,57 por subia cento, a 42,02 reais, enquanto a petrolífera valorizava 0,79 por cento, a 21,63 reais.
(Por Roberta Vilas Boas; Edição de Sérgio Spagnuolo)