Por Aluísio Alves
SÃO PAULO, 3 Jan (Reuters) – O principal índice da Bovespa ampliava a valorização nesta terça-feira, impulsionado por ações ligadas a petróleo, que subia forte no mercado internacional, com o aumento das tensões por causa do Irã.
Às 12h11, o Ibovespa subia 1,59 por cento, aos 58.751 pontos. O giro financeiro do pregão era de 900 milhões de reais.
De acordo com profissionais do mercado, a combinação de dados macroeconômicos positivos no exterior, com o repique nas cotações do petróleo, eram os principais pontos de apoio para a alta das ações nas bolsas internacionais.
“Estamos acompanhando lá fora, o dia está bom”, disse Carlos Nielebock, operador da corretora Icap. “Mas o volume ainda é fraco, não dá pra confiar que seja um movimento forte”, complementou.
As ações de petroleiras eram os principais suportes para o Ibovespa, na esteira da alta de mais de 2 por cento da cotação do barril do petróleo, após novos testes militares do Irã, um dos principais fornecedores mundiais do produto.
Além da ameaça de novas sanções do Ocidente, o país islâmico sofreu um novo revés nesta terça-feira, após uma companhia da China, o segundo maior importador de petróleo do Irã, ter comprado um embarque do produto na Rússia, num claro movimento de busca de mercados alternativos.
Por aqui, a ação preferencial da Petrobras subia 2,09 por cento, a 21,98 reais. A companhia também anunciou na véspera a descoberta de nova acumulação de petróleo e gás na bacia do Espírito Santo. OGX ganhava 1,53 por cento, a 13,96 reais.
Na agenda de indicadores, a Alemanha informou que sua taxa de desemprego caiu mais que o esperado em dezembro, atingindo o menor nível desde a unificação do país, duas décadas atrás.
Em outra frente, a China afirmou que seu índice oficial de gerentes de compras (PMI) para o setor de serviços recuperou-se fortemente para 56,0 em dezembro, ante 49,7 em novembro.
Nominalmente, o setor de construção civil era o líder de ganhos no Ibovespa pelo segundo dia seguido. MRVtinha alta de 4,65 por cento, a 11,92 reais, seguida por PDG Realty, com avanço de 4,33 por cento, a 6,50 reais.
(Por Aluisio Alves; edição de Carolina Marcondes)