SÃO PAULO, 23 Mar (Reuters) – A bolsa brasileira operava próxima da estabilidade nesta sexta-feira, após três dias em baixa e caminhando para encerrar a semana em queda.
Às 12h05, o Ibovespa tinha leve queda de 0,21 por cento, a 65.968 pontos. Na semana, até a véspera, o índice acumula perdas de 2,74 por cento. O giro financeiro do pregão era de 1,94 bilhão de reais.
Nos mercados externos, o índice norte-americano Dow Jonesoperava perto da estabilidade, com oscilação positiva de 0,02 por cento, enquanto o europeu FTSEurofirst perdia 0,45 por cento.
Nos Estados Unidos, foi divulgado mais um dado abaixo do esperado, que contribuía para desanimar os investidores. O Departamento do Comércio informou que as vendas de casas novas caíram 1,6 por cento, para uma taxa anual sazonalmente ajustada de 313 mil unidades, ante a expectativa de 325 mil unidades.
“Sem nenhuma notícia relevante para nortear os mercados nesta manhã, as bolsas amanhecem no terreno negativo acompanhando a piora dos títulos de dívida no mercado de renda fixa internacional”, afirmou a Hencorp Commcor DTVM, em relatório.
Entre as ações do Ibovespa, após figurarem entre os destaques de baixas, as siderúrgicas inverteram o comportamento nesta sessão, e estão entre os setores que mais contribuem positivamente para o índice.
A ordinária da Usiminas subia 2,57 por cento, a 19,59 reais, enquanto a preferencial avançava 2,71 por cento, a 13,28 reais. Gerdau tinha ganhos de 1,79 por cento, a 18,24 reais.
As mineradoras também subiam, com MMX exibindo ganhos de 3 por cento, a 9,17 reais, e a preferencial da Vale , com leve alta de 0,49 por cento, a 40,80 reais.
Também em alta estava a Hypermarcas, com ganhos de 1,69 por cento, a 13,27 reais, após anunciar que firmou parceria com os laboratórios Aché, EMS e União Química Farmacêutica, dando origem à joint venture Bionovis.
Na outra ponta, o setor de petróleo era a principal influencia negativa, apesar da preferencial da Petrobrasoperar em alta de 0,88 por cento, a 24,01 reais.
O que pesava no setor era a ação da OGX, com perdas de 3,83 por cento, a 16,35 reais. A empresa informou que teve prejuízo de 509,8 milhões de reais em 2011, e que irá perfurar 26 poços neste ano, ante os 19 poços originalmente previstos.
Brasil Foods recuava 2,19 por cento, a 35,75 reais, após informar redução no lucro no último trimestre do ano, para 121 milhões de reais, ante 360 milhões de reais no mesmo período de 2010.(Por Roberta Vilas Boas; edição de Alberto Alerigi Jr.)