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Bovespa abre em forte queda, pressionada por S&P

Agência de classificação de risco reduziu ontem a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para negativa, indicando possibilidade de rebaixamento

Por Da Redação
7 jun 2013, 11h38

O rebaixamento da perspectiva da nota de risco de crédito do Brasil, anunciada na quinta-feira à noite pela Standard & Poor’s (S&P), provocou perdas acentuadas da Bovespa nesta sexta-feira. Nem mesmo a reação positiva dos mercados internacionais aos números mistos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos – que mostrou criação de mais vagas que o esperado em maio, mas com respectiva alta da taxa de desemprego – é capaz de impedir que os negócios locais renovem nesta sexta-feira, os níveis mais baixos do ano. Às 11h00 (Brasília), o Ibovespa caía 1,35%, aos 52.171,60 pontos.

Profissionais consultados nesta manhã preveem um dia conturbado para a Bolsa nesta sexta-feira. A agência S&P, cujo papel é avaliar o risco de calote de determinada empresa ou país, reduziu de estável para negativa tanto a perspectiva da nota de crédito em moeda estrangeira (BBB) – que está ligada a títulos de dívida brasileira emitidos em moedas estrangeiras – quanto em moeda local (A-) – referente a títulos emitidos em real. É a primeira vez que isso acontece desde 2002. A S&P foi a primeira a elevar o país à categoria de grau de investimento, em 2008.

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Para o gerente da mesa de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, o rebaixamento da S&P somente reflete os atropelos do governo na condução da política econômica. Segundo ele, a decisão é um grande revés para a renda variável brasileira, já que uma das prováveis consequências é o aumento nos custos de captação das empresas.

Junto com a decisão da S&P sobre a perspectiva do rating soberano também foi revista a perspectiva do rating BBB, em moeda local e estrangeira, da Petrobras e da Eletrobras. Em ambos os casos, o rebaixamento foi de estável para perspectiva negativa. Segundo operadores, as ações da estatal petrolífera tiveram queda na quinta-feira, nas negociações do after market, como são chamadas as negociações após o fechamento do pregão.

Porém, os negócios locais monitoram a reação dos mercados internacionais aos números mistos sobre o emprego nos Estados Unidos em maio. A economia norte-americana criou 175 mil postos de trabalho no mês passado, ante previsão de mais 169 mil. O dado de abril, por sua vez, foi revisado para baixo, ao mostrar abertura de 149 mil vagas, ante leitura original de mais 165 mil. Já a taxa de desemprego subiu a 7,6%, contrariando a estimativa de estabilidade em 7,5%.

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O dólar, que teve sessão volátil na quarta-feira, é negociado em alta nesta sexta. Às 11h00 (Brasília), a moeda norte-americana subia 1,18%, cotado a 2,146 reais.

Os índices futuros das Bolsas de Nova York tiveram uma reação confusa ao dado, ampliando as perdas para depois migrar ao terreno positivo, cravando máximas do dia. Às 9h50, em Wall Street, o futuro do S&P 500 subia 0,39%. Na Europa, onde as principais bolsas também aguardavam os números sobre o emprego nos EUA, o movimento foi semelhante. Ainda no mesmo horário, a Bolsa de Frankfurt crescia 0,48%.

(com Estadão Conteúdo)

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