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Bovespa abre em alta mas inverte tendência e cai; dólar têm sessão volátil

A Bolsa de Valores e o mercado de câmbio iniciam o segundo semestre com oscilação

Por Da Redação
1 jul 2013, 11h17

Depois de registrar o pior início de ano desde 1972 e as maiores perdas semestrais após a quebra do Lehman Brothers, a Bovespa inicia a segunda metade de 2013 tentando se recompor. Com um cenário incerto tanto no Brasil quanto no exterior, o Ibovespa abriu com leve alta nesta segunda-feira, de 0,05%, aos 47.480,81 pontos, mas por volta das 11h opera em baixa, com queda de 1,37 %, aos 46.807 pontos.

As ações das empresas de Eike Batista lideram as perdas da sessão desta segunda. A OGX anunciou mais cedo que não vai aumentar os investimentos em três campos e que pode cortar a produção no ano que vem. O comunicado pesou nas ações da petroleira do grupo EBX que têm queda de mais de 30%. Às 11h22, o papel da OGX perdia 31,65%, cotado a 54 centavos. Também perdiam 11,11% o papel da LLX, a 88 centavos; e a MMX tinha queda de 8,8%, a 1,34 real.

“O primeiro semestre foi horroroso para a Bolsa”, resume o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, em referência às perdas de 22,14% do Ibovespa entre janeiro e junho deste ano – a maior para igual período desde a crise do petróleo – após uma sequência de seis meses consecutivos de desvalorização. Diante disso, um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista acredita que a Bolsa pode até parar de cair. “Só que não sobe; não consegue se firmar”, acrescenta.

Bandeira, avalia que, olhando para o cenário externo, “as coisas estão um pouco melhores”. “Agora, quando se transfere o foco para o Brasil, fica mais complicado”, diz, referindo-se à deterioração das contas do governo e ao quadro econômico doméstico fraco, “com taxas de inflação e câmbio em expansão”.

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Sem novidades no radar, a tendência é que o investidor, principalmente o estrangeiro, siga avesso ao Brasil, sem apetite para aplicar seus recursos nas ações brasileiras. No mercado futuro, por exemplo, os estrangeiros mantêm uma aposta elevada na queda do índice Bovespa. “A Bolsa vai continuar pegando carona no exterior, à medida que consiga se distanciar do foco interno”, comenta o profissional citado acima, que falou sob a condição de não ser identificado.

A China anunciou uma queda do seu índice oficial de gerentes de compras (PMI) em junho, para 50,1 de 50,8 em maio, em linha com as estimativas. Já o índice PMI chinês medido pelo HSBC cedeu a 48,2, de 49,2, no mesmo período, o que sugere que a atividade aprofundou-se mais no campo que indica retração. Esses dados podem influenciar no desempenho das ações da Vale.

Câmbio – Já o mercado de câmbio começou a semana e o segundo semestre indicando que o dólar tende a continuar volátil. O dólar à vista abriu os negócios com leve alta, de 2,2320 reais, mas inverteu a tendência e passou a cair logo depois. Às 11 horas, a moeda inverteu novamente a tendência e tinha alta, cotada a 2,2343.

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A perspectiva de mudança na política monetária dos Estados Unidos, a perda de tração do crescimento da China e a maior desconfiança sobre a economia brasileira podem voltar a pressionar a moeda norte-americana em julho. Também é certo que o Banco Central continuará agindo para amenizar a volatilidade de olho no combate à inflação, afirmaram operadores de câmbio consultados pela Agência Estado.

A Pesquisa Focus, divulgada nesta segunda pelo Banco Central, mostrou um quadro negativo para os indicadores do país e elevou a projeção para o dólar no final deste ano, de 2,13 reais para 2,15 reais.

(com Estadão Conteúdo)

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