Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Bolsonaro recua e agora defende manter o teto de gastos

Após se mostrar favorável a flexibilização na quarta-feira, presidente disse hoje que alterar a lei 'é abrir uma rachadura no casco do transatlântico'

Por Redação
5 set 2019, 09h34

O presidente Jair Bolsonaro voltou atrás e defendeu nesta quinta-feira, 5, que seja preservado o teto de gastos públicos, afirmando que ceder nessa questão seria “abrir uma rachadura no casco do transatlântico”, um dia após ter indicado apoio à flexibilização da medida.

“Temos que preservar a emenda do teto. Devemos, sim, reduzir despesas, combater fraudes e desperdícios”, disse Bolsonaro em publicação no Twitter no início da manhã. Aprovado durante o governo do ex-presidente Michel Temer, o teto de gastos é um instrumento que limita o crescimento das despesas do Orçamento à inflação. A possibilidade de alterar a norma divide as alas política e econômica do governo.

Na quarta-feira 4, o presidente havia indicado que era favorável a mudanças na lei. “Acho que daqui a dois ou três anos vão zerar as despesas discricionárias (gastos de custeio e investimentos). É isso? Isso é uma questão de matemática, nem preciso responder para você, isso é matemática”, afirmou ele, na ocasião. Mais tarde, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, confirmou o posicionamento. Segundo ele, Bolsonaro defendia uma mudança na lei do teto de gastos “porque se isso não for feito, nos próximos anos, a tendência é o governo ficar sem recursos para pagar despesas de manutenção da máquina pública”.

Também na quarta, apesar da sinalização positiva de Bolsonaro a medida, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se manifestou contrário a qualquer flexibilização, dizendo que “o teto de gastos está sólido” e que “não adianta aumentar gasto se não reduzir a despesa”. “É besteira. Vai ter de aumentar imposto. O que está pressionando o teto é inflação baixa e indexação do orçamento. Então é isso que tem de resolver”, destacou.

Conforme VEJA mostrou, diversos serviços estatais correm o risco de parar e a equipe econômica está correndo para acelerar as privatizações e as reformas estruturais em busca de normalizar a situação fiscal do país.

A preocupação com o aperto fiscal no grupo político e militar ao redor do presidente cresceu porque, mesmo que o governo consiga ampliar a arrecadação e reduzir o rombo das contas públicas nos próximos anos, o teto de gastos apertado e o avanço das despesas obrigatórias (como o pagamento de salários e aposentadorias) reduzirão o espaço para investimentos em obras e programas do governo.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.