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Bolsonaro diz que governo ainda não tem votos para aprovar Previdência

Em entrevista ao apresentador Ratinho, presidente também confirma modificações no BPC e volta a defender modificações na CNH

Por da Redação
Atualizado em 5 jun 2019, 15h00 - Publicado em 5 jun 2019, 10h34

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista ao apresentador Ratinho, do SBT, exibida na noite de terça-feira, 4, que o governo ainda não conta com os 308 votos necessários na Câmara dos Deputados para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. Disse que a bola agora está no campo do Congresso.

“A Câmara está cumprindo os prazos regimentais, mas a gente sabe que tem ruídos, que, por enquanto, eu acho que nós ainda não temos os 308 votos ainda necessários”, disse Bolsonaro. “Eu estou à disposição deles. Eu viro a noite para conversar sem problema nenhum. A bola está com o Parlamento agora.” Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma da Previdência precisa de 308 votos em dois turnos de votação na Câmara e de 49 votos, também em duas rodadas, no Senado, para ser aprovada.

A reforma da Previdência foi o grande assunto da entrevista. Em uma das perguntas selecionadas pela produção do programa com o público, o presidente foi questionado sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Bolsonaro confirmou que a ideia é, por meio de emendas no Congresso, permitir que as novas regras sejam opcionais.

Pela proposta inicial da equipe econômica do governo, o BPC, que hoje paga um salário mínimo (998 reais) a idosos de baixa renda a partir dos 65 anos, seria alterado: o benefício partiria de 400 reais para pessoas com mais de 60 anos. O salário mínimo só seria pago a partir dos 70 anos.

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Ratinho não escondeu seu apoio à reforma da Previdência. Em certo ponto, ele pediu para que o telespectador cobrasse os parlamentares sobre o assunto. “Mande WhatsApp para o seu deputado votar a Previdência. O povo não aguenta mais”, disse ele.

A reforma tramita atualmente em comissão especial da Câmara, e o governo tem trabalhado com a perspectiva de aprovar no plenário da Câmara no primeiro semestre. Ainda na terça-feira, o presidente da comissão especial da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que Bolsonaro não tem “noção de prioridade” por ter ido à Câmara entregar projeto de lei sobre Código de Trânsito no mesmo momento em que se realizava seminário sobre a reforma previdenciária.

Relação amistosa

O clima ameno predominou em praticamente toda a entrevista, com Bolsonaro e Ratinho trocando elogios em diversos momentos do programa. Sobrou até para o filho do apresentador, Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná. “Gastamos menos de 1 milhão de dólares na campanha presidencial. A maior vantagem que eu tenho, e teu garoto deve ter lá no Paraná, é não ter rabo preso”, afirmou Bolsonaro.

Alguns minutos depois, Ratinho disse: “A gente sempre pediu por um político honesto. Pois não. Depois de muitos anos, temos um presidente que realmente, pela sua história, é honesto”, afirmou o apresentador.

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Além da reforma da Previdência, Bolsonaro também comentou as mudanças nas regras da Carteira Nacional de Habilitação. O presidente afirmou que o aumento do limite de 20 para 40 pontos visa acabar com a indústria da multa, e defendeu uma pontuação ainda maior para alguns motoristas. “Passou para 40 pontos, mas acho pouco para quem trabalha com isso”, disse ele, citando os taxistas e caminhoneiros.

Bolsonaro ainda confirmou a criação da “maior escola militar do Brasil” no Campo de Marte, em São Paulo. “Falta pouca coisa”, afirmou o presidente. A fala veio após o apresentador questionar o motivo de existirem poucas escolas militares sendo que “elas sempre estão em primeiro e são as melhores”, disse Ratinho.

Em cerca de uma hora de entrevista, Bolsonaro também voltou a defender outras medidas como o decreto que facilita a posse de armas e o intitulado pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

(Com Reuters)

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