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Bolsa segue exterior e cai com aumento de imposto para milionários nos EUA

Alívio no risco fiscal não segurou pressão sobre o Ibovespa, que caiu 0,58%; real tem certa correção em relação ao dólar, que fecha a R$ 5,44

Por Luisa Purchio Atualizado em 22 abr 2021, 21h43 - Publicado em 22 abr 2021, 19h55

Nesta quinta-feira, 22, dia do esperado discurso do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima, o dia foi de volatilidade no Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira. Mas a aversão ao risco pesou mais e a bolsa fechou em queda de 0,58%, a 119.371 pontos. O real, porém, teve a maior valorização frente à moeda americana dentre as de países emergentes. Estas, por sua vez, tiveram desempenho negativo nos últimos dois dias, enquanto o real ganhou força 2,21% e encerrou a quinta-feira a 5,4468 reais.

Com o Ibovespa muito ligado ao mercado americano, um anúncio feito por lá pesou aqui. Nesta tarde, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que vai praticamente duplicar os tributos pagos pelos investidores que têm rendimentos superiores a 1 milhão de dólares por ano, de 20% para 39,6%. A proposta será divulgada na próxima semana e ainda precisa ser aprovada pelo Congresso americano, mas já assusta os investidores. O S&P 500 caiu 0,92% e o Dow Jones, 0,94%, mesma queda da Nasdaq.

O anúncio ajudou a reverter a tendência do dia, marcado pela fala de Bolsonaro na Cúpula do Clima. Pela manhã, o Ibovespa ganhava fôlego após a bolsa ficar fechada no feriado de Tiradentes. Em correção, o índice subiu na abertura do mercado, acompanhando a forte alta do S&P 500 ocorrida ontem nas bolsas americanas. Logo após o discurso do presidente Bolsonaro, no entanto, ele despencou quase 1.000 pontos, mas logo recuperou as perdas. “O mercado gostou da mudança de tom do presidente em relação ao seu último discurso sobre o tema. Mas a promessa de reduzir o desmatamento ilegal até 2030 tem de ser cumprida para convencer”, diz Thomás Gibertoni, analista da Portofino Investimentos.

Ainda que o Orçamento federal para 2021 não tenha conseguido o fôlego nas contas públicas na medida desejada pelo mercado, a sua aprovação arrefeceu um pouco o risco fiscal do país e tirou a pressão sobre o preço do real em relação ao dólar. Os juros DI para títulos com vencimento em 2025 encerraram com 3,26% de queda. Ainda em 7,72%, porém, eles permanecem em patamares muito altos. O mesmo vale para o real, que continua fortemente desvalorizado em relação ao dólar.

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Nos Estados Unidos, os juros dos títulos do Tesouro americano de 10 anos fecharam em forte queda, de 1,43%, para 1,54% de rendimento.”Essa estabilização dos juros futuros americanos vem acontecendo há algumas semanas, tirando o fôlego da moeda americana”, diz Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos. “É um sinal de que a preocupação com a inflação arrefeceu, mas continua no radar”, diz ele.

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