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Bolsa tem maior patamar em nove meses por vacinas e exportações no radar

Empresas de commodities tiveram ganhos após fala de Guedes sobre incrementar comércio internacional; na contramão, Carrefour teve queda de 5,35%

Por Luisa Purchio Atualizado em 23 nov 2020, 19h30 - Publicado em 23 nov 2020, 19h00

As notícias sobre o avanço das pesquisas sobre a vacina contra o coronavírus impulsionaram os mercados internacionais e refletiram em uma forte alta na bolsa brasileira nessa segunda-feira, 23. O Ibovespa, principal índice acionário do país fechou em alta de 1,26%, a 107.378,92 pontos, impulsionado também pelas declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, a respeito da intenção do governo de intensificar o comércio com países do Oriente. Esse é o maior patamar do índice desde 26 de fevereiro, quando fechou aos 113 mil pontos.

“Vamos redescobrir o caminho das Índias. Vamos fazer isso através do Oriente Médio”, disse Guedes em evento da International Chamber of Commerce Brasil (ICC) nessa segunda-feira. “Gostaria de ter com a Índia a mesma relação com a China”, disse, enfatizando a necessidade de se avançar a indústria brasileira para exportar produtos de maior valor agregado. As exportações, aliás, seguem sendo um ponto positivo do país em meio à crise. Segundo dados do Ministério da Economia, a balança comercial registra superávit de 50,3 bilhões de dólares no acumulado do ano, até o dia 22. O número superou o superávit registrado em todo ano de 2019, de 48 bilhões de dólares.

O ministro também afirmou que haverá um esforço para mostrar à comunidade internacional que o Brasil está preocupado com a questão ambiental para impulsionar o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia.

As declarações impactaram principalmente as produtoras de commodities, que se beneficiam dos novos acordos internacionais. Além disso, as empresas ligadas ao término da pandemia do novo coronavírus tiveram alta. A Petrorio fechou em valorização de 7,64%, seguida pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que fechou em alta de 6,80%, e pela BRF, que fechou com valorização de 5,91%.

A empresa que teve maior baixa foi o Carrefour, de -5,35%, refletindo os protestos sociais após a morte violenta de João Alberto Silveira Freitas por dois seguranças da rede na quinta-feira, 19. O Pão de Açúcar e a Cielo também caíram, 3,97% e 3,33% respectivamente, em dia de realização de lucros.

Já o dólar comercial fechou em alta de 0,83%, a 5,4310 reais, mesmo com o leilão de swap do Banco Central para frear a desvalorização da moeda brasileira. O real continua se enfraquecendo devido a situação fiscal do país e a difícil missão de manter o teto de gastos diante da defesa da prorrogação do auxílio emergencial por alas políticas do governo.

Bolsas internacionais

As bolsas de Nova York, por sua vez, fecharam em alta, com Dow Jones a +1,12%, o S&P 500 a +0,56%, e a Nasdaq a 0,22%, refletindo o otimismo tanto da vacina quanto do alívio da instabilidade política após a eleição americana. O setor de serviços e de manufaturados nos Estados Unidos cresceram significativamente em novembro, como mostrou o PMI do IHS Markit divulgado nessa segunda-feira. As bolsas europeias, porém, acompanharam a desaceleração do PMI na Zona do Euro e fecharam em queda, com Euro Stoxx 50 a -0,13%.

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