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Bolsa bate recorde com otimismo sobre encontro Lula-Trump e revisões positivas na inflação e câmbio

Investidores comemoram perspectivas de acordo comercial entre Brasil e EUA, revisões positivas no Focus e expectativa de corte de juros pelo Fed

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 out 2025, 17h41 - Publicado em 27 out 2025, 17h06

A bolsa brasileira encerrou a segunda-feira, 27, em alta de 0,56%, alcançando o recorde do ano, aos 146.991 pontos. Durante o pregão, no intradia, o índice chegou a tocar a máxima histórica de 147.976 pontos. O movimento é impulsionado pelo otimismo em torno do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump e pela melhora nas expectativas macroeconômicas.

O Boletim Focus, relatório do Banco Central, divulgado nesta manhã, mostrou revisões para baixo tanto nas projeções de inflação quanto nas de câmbio. A estimativa para o IPCA deste ano caiu de 4,70% para 4,56%, enquanto a expectativa para o dólar recuou de R$ 5,45 para R$ 5,41 – sinal de maior confiança do mercado em um ambiente de preços mais controlados e estabilidade monetária. O alívio fez também o ouro, ativo tradicional de proteção, devolver parte dos ganhos recentes.

“O otimismo tem ajudado os investidores a buscar ativos de risco, especialmente com a perspectiva de um acordo comercial que reduza tarifas sobre produtos brasileiros”, avalia Andressa Bergamo, sócia-fundadora da AVG Capital. Segundo ela, o sentimento positivo é reforçado por sinais de desaceleração da inflação nos EUA e pela expectativa de que o banco central americano, o Federal Reserve (Fed), possa reduzir novamente os juros nesta semana.

O cenário externo também ajudou o bom humor local. As bolsas chinesas fecharam em máximas de mais de uma década: o índice de Xangai subiu 1,18%, o CSI300 avançou 1,19% e o Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 1,05%, em meio à expectativa de novos avanços nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos.

Em Wall Street, os principais índices abriram em recordes históricos, impulsionados tanto pela possibilidade de um acordo sino-americano quanto pela expectativa de corte de juros pelo Fed, cuja decisão será anunciada em 29 de outubro. Analistas projetam amplamente uma redução de 0,25 ponto percentual, o que pode sustentar o ciclo de valorização dos ativos de risco globalmente. O movimento levou o dólar a cair, cotado a R$ 5,36, enquanto os juros futuros recuaram em toda a curva, refletindo o alívio das expectativas inflacionárias e o maior otimismo sobre o ambiente internacional.

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Com a combinação de revisões macroeconômicas positivas no Brasil, perspectiva de trégua tarifária e sinal de flexibilização monetária nos EUA, o mercado local encerrou o dia em tom de otimismo, e com o investidor novamente de olho em novos recordes do Ibovespa nos próximos pregões.

 SOBE E DESCE

Entre as ações, Petrobras (+2,8%) figurou entre os principais destaques positivos do dia após divulgar dados de produção do terceiro trimestre de 2025 acima das estimativas do mercado. Usiminas também avançou, recuperando parte das perdas da sexta-feira, quando reportou um prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões, muito aquém das projeções que apontavam lucro modesto. A recuperação foi vista como movimento técnico, após a forte correção anterior.

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Outro destaque foi a MBRF, que disparou 7,5% após anunciar acordo com o fundo soberano da Arábia Saudita. Avaliado em mais de R$ 2 bilhões, o negócio cria a Sadia Halal e amplia a presença da companhia no Oriente Médio e Norte da África. “A operação injeta capital, fortalece a marca e abre espaço para novos mercados, o que foi muito bem recebido pelo investidor”, comenta Bergamo.

Na ponta negativa, Raízen caiu 3,2% após a Fitch Ratings rebaixar o rating da companhia de BBB para BBB-, citando aumento de endividamento e margens pressionadas.

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