(Texto atualizado com mais informações após o fechamento)
Por Edward Krudy
NOVA YORK, 4 Abr (Reuters) – As bolsas de valores dos Estados Unidos caíram pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira, com os investidores ainda repercutindo as indicações de que não haverá estímulos monetários. Pesou ainda a recepção ruim a um leilão de bônus na Espanha, que sugeriu que os efeitos das operações de financiamento europeu estão minguando.
O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,95 por cento, para 13.074 pontos. O índice Standard & Poor’s 500 teve desvalorização de 1,02 por cento, para 1.398 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,46 por cento, para 3.068 pontos.
As vendas foram amplas e índices de nove dos dez setores do S&P 500 fecharam em baixa, com os setores financeiro, de matérias-primas e tecnológico tendo as piores performances. O índice financeiro do S&P caiu 1,6 por cento. A ação do Morgan Stanley, que costuma ser sensível às preocupações com a Europa, recuou 3,5 por cento, para 18,69 dólares.
O índice-termômetro S&P 500 recuou em oito das últimas 12 sessões, caindo abaixo de sua média-móvel de 14 dias pela primeira vez em um mês. O Nasdaq registrou sua maior queda percentual desde 14 de dezembro.
“O principal apoio à economia e aos mercados financeiros ao longo dos dois últimos anos foram estímulos, e sem eles, ainda é uma questão de se essas economias conseguem se manter estáveis sozinhas”, disse o estrategista-chefe de investimentos no Robert W. Baird & Co, Bruce Bittles, em Nashville.
Os custos de empréstimos espanhois dispararam em leilões de bônus nesta quarta-feira, levantando preocupações de que o rali de dívida soberana em mercados europeus periféricos incentivado pelas operações do Banco Central (BCE) Europeu pode estar chegando a seu fim.
Mercados de ações tiveram um rali constante desde que os esforços de estímulos do BCE aliviaram as pressões de financiamento para bancos da zona do euro, removendo uma fonte de ansiedade para investidores norte-americanos.
Ações continuaram a sentir os reflexos da ata da última reunião do Federal Reserve (banco central norte-americano), divulgada na terça-feira. A ata mostrou que o órgão está menos propenso a introduzir mais medidas de estímulo monetário.
REUTERS BBF PD