NOVA YORK, 10 Fev (Reuters) – As bolsas de valores dos Estados Unidos caíam nesta sexta-feira, com o último revés nas negociações na Grécia por um pacote de resgate colocando o índice Standard and Poor’s 500 a caminho de interromper uma sequência de três altas consecutivas.
Às 14h37, o índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuava 0,91 por cento, para 12.773 pontos. O S&P 500caía 0,80 por cento, para 1.341 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq cedia 0,71 por cento, para 2.906 pontos.
As vendas eram generalizadas, com todos os dez maiores setores do S&P operando no vermelho mais cedo. O índice de volatilidade da CBOE, considerado termômetro do medo dos investidores, saltava mais de 7 por cento, a maior alta em três meses.
As ações tiveram leve alta na quinta-feira, levando o S&P 500 a acumular alta de 7,5 por cento no ano, após um aparente acordo ter sido alcançado entre os partidos gregos sobre as reformas, deixando as ações na iminência de um recuo.
Mas o acordo sofreu um duro golpe, com trabalhadores na Grécia entrando em greve para se oporem a medidas de reformas fiscais solicitadas pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), na medida em que o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, afirmou que a nação precisa chegar a uma decisão em dias sobre aceitar os termos do resgate.
“Eles querem uma resolução consistente de que um futuro governo da Grécia se comprometa a executá-la, e eu posso entender a reticência das autoridades da UE ao quererem isso”, afirmou o estrategista-chefe de mercado de ações da Federated Investors em Nova York, Phil Orlando.
“Dado o fato de que tivemos um rali de 7 por cento em seis semanas e um rali de 25 por cento em quatro meses, é perfeitamente razoável termos uma pequena pausa aqui.”
Os declínos colocaram o índice S&P 500 no caminho para a sua primeira queda semanal dentre as últimas seis.
O índice de confiança do consumidor da Thomson Reuters/Universidade de Michigan caiu para 72,5 no começo de fevereiro, ante 75,0 em janeiro, que foi a leitura mais alta desde fevereiro do ano passado.
Dados do Departamento do Comércio mostraram que o déficit comercial mensal dos EUA em dezembro subiu para 48,8 bilhões de dólares, com a importação subindo ao maior nívgel desde julho de 2008.
O tom negativo foi reforçado por números mostrando que as importações da China tiveram em janeiro a maior queda desde a crise financeira global, aumentando as preocupação de que a demanda possa estar ainda mais fraca que o previsto, mesmo considerando a paralisação de fábricas durante o Ano Novo Lunar.
(Reportagem de Chuck Mikolajczak)
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