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Bolsa cai ao menor patamar em 4 meses com retaliação da China aos EUA

Ibovespa tem queda de 2,69% para 91.726 pontos, o menor nível desde 7 de janeiro; dólar bate nos 4 reais, mas recua e fecha em 3,98 reais

Por André Romani 13 Maio 2019, 19h01

O mercado financeiro ficou, por mais um dia, de olho na guerra comercial entre Estados Unidos e China, após o país asiático anunciar novas tarifas sobre produtos estadunidenses como retaliação. Na sexta-feira, 10, foram os norte-americanos que adotaram medida semelhante. Com isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou com queda de 2,69%, aos 91.726 pontos. Foi o maior tombo desde o dia 7 de março, quando o índice caiu 3,57%, e o menor patamar, em pontos, desde o dia 7 de janeiro. Já o dólar bateu durante o dia nos 4 reais, mas recuou e fechou em alta de 0,89%, cotado a 3,98 reais.

O clima começou tenso nesta segunda-feira. Já pela manhã, autoridades chinesas começaram a dar sinais de uma retaliação. Pelas redes sociais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a pedir que o país não fizesse isso, argumentando que a medida só afastaria investimentos do país asiático. Não adiantou. A China anunciou, duas horas depois, um aumento de tarifas a produtos estadunidenses, estimados em 60 bilhões de dólares. As taxas adicionais vão variar de 20% a 25% e entrarão em vigor em 1º de junho.

A notícia derrubou os mercados por todo o mundo. “Os investidores perceberam que um acordo está muito mais distante e a aversão ao risco está subindo no planeta. Até a semana passada, eles esperavam que era uma estratégia de blefe do Trump. Ainda existia esperança maior nas negociações”, afirma o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira. Segundo ele, com o risco aumentando, a tendência é que os investidores estrangeiros vendam seus ativos em mercados emergentes, como o Brasil. Por isso, o tombo do Ibovespa.

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O câmbio também sentiu os impactos da tensão comercial entre as duas maiores potências econômicas do planeta. Na máxima do dia, o dólar era vendido a 4 reais por volta das 9h30. A cotação da moeda, no entanto, caiu ao longo do dia, em um desempenho similar ao visto em alguns dias da semana passada. “Não é um teto (dólar a 4 reais), mas um ponto onde tem realização (venda). Se as notícias continuarem nesse sentido, a tendência é que nos próximos dias feche acima desse patamar”, afirma o diretor de câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo.

Após a decisão das autoridades chinesas, Trump se manifestou dizendo que novas tarifas, avaliadas em 325 bilhões de dólares, sobre os produtos do país asiático ainda não foram definidas. Além disso, disse que espera se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, na cúpula do G20 no próximo mês.

A medida chinesa é uma retaliação ao aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos, desde a sexta-feira 10, sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses. O motivo, segundo Trump, foi o fato da China ter supostamente quebrado o acordo comercial que os dois países estavam negociando.

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