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Bolsa afunda mais de 4% em pregão marcado por saída de estrangeiros

Ações das empresas de Eike Batista, além de Vale e Petrobras, foram alvos de venda maciça de investidores

Por Da Redação
2 jul 2013, 18h09

A Bolsa de Valores de São Paulo, a BM&FBovespa, enfrentou um dia de fortes vendas de ativos nesta terça-feira, sobretudo de investidores estrangeiros preocupados com a conjuntura internacional e o desempenho do mercado doméstico brasileiro. No linguajar do mercado financeiro, os estrangeiros estão “vendendo” o Brasil, ou seja, se desfazendo de grandes quantidades de ações de empresas nacionais. O índice Ibovespa chegou a recuar mais de 5%, descolando-se completamente do comportamento das bolsas americanas, cujas perdas foram amenas. O indicador da bolsa brasileira fechou em queda de 4,24%, a 45.228 pontos. Trata-se da pior queda diária desde setembro de 2011 e do menor patamar do índice desde 22 de abril de 2009, quando a bolsa encerrou o pregão aos 44.888 pontos.

A saída de investidores estrangeiros da bolsa vem se intensificando ao longo das últimas semanas. O saldo negativo de recursos externos na Bovespa totalizou 4,07 bilhões de reais em junho, o maior desde os 4,17 bilhões de reais de setembro de 2012, em meio a um cenário global de maior aversão a risco e deterioração das expectativas em relação à economia doméstica.

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Entre as ações mais penalizadas do pregão estavam as das empresas de Eike Batista. Depois de anunciar a suspensão da exploração de três poços e ter seu nível de rating rebaixado para “pré-default” pela Standard and Poor’s na tarde desta terça-feira, a petroleira OGX fechou em queda de 19,64%, a 45 centavos, enquanto a mineradora MMX caiu 17,29%, a 1,10 real. As ações da companhia de logística do empresário, a LLX, eram negociadas a 79 centavos, em queda de 11,24%. O giro financeiro do pregão foi de 8,98 bilhões de reais, acima da média diária de 2013, de 7,9 bilhões de reais.

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Além das empresas X, outras perdas que pressionam o Ibovespa foram as ações da Vale, com queda de 4,36%, a 26,10 reais, e Petrobras, em baixa de 4,76%, a 15,39 reais. As únicas ações que compõem o índice e que fecharam em alta nesta terça foram a da B2W, com ganhos de 6,64%, e a Dasa, em alta de 2,14%.

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O resultado da produção industrial também influenciou na queda da BM&FBovespa nesta terça. O indicador recuou 2% em maio ante abril, mas avançou 1,4% ante maio do ano passado, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou. Analistas esperavam queda de, no máximo, 1% na comparação mensal. No acumulado do ano o indicador subiu 1,7%, mas, em 12 meses, caiu 0,5%.

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Nesta terça-feira o dólar abriu em alta de 0,36%, cotado a 2,2395 reais. Ao longo do dia, a valorização se ampliou e a moeda fechou cotada a 2,25 reais.

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Grupo X – Alvo de grande desconfiança por parte de investidores, as empresas do grupo EBX devem seguir pressionando os pregões da bolsa. O Bank of America Merrill Lynch reduziu nesta terça-feira o preço-alvo das ações da OGX de 1,00 real para 10 centavos e reiterou recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para a empresa devido à redução drástica das perspectivas de produção dos seus principais ativos. Entre alternativas possíveis para a empresa, o banco cogita a venda total da petroleira e até mesmo sua liquidação.

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