Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

BNDES não assumirá sozinho riscos de concessão, diz Coutinho

Em audiência no Senado, presidente do banco afirmou que instituições terão de compartilhar risco por meio de cooperativas de garantia

Por Da Redação
27 ago 2013, 14h18

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse, nesta terça-feira, que o banco de fomento não assumirá sozinho todos os riscos dos projetos de concessões ferroviárias. Ele admitiu que o banco terá um papel importante na liberação de garantias, mas destacou que a ideia é buscar um processo de compartilhamento do risco entre todos os envolvidos nas concessões.

Segundo Coutinho, o financiamento dos projetos dessas concessões deve contar com uma espécie de cooperativa de garantias, envolvendo diversos atores públicos e privados. “Esses projetos têm risco de operação e risco de construção, sendo que o período de construção é o mais desafiador. Quando acontece algum evento não previsto durante a construção, é preciso haver um sistema compartilhado para arcar com essa despesa”, disse Coutinho. Ele participou de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, na manhã desta terça.

Leia também:

Dólar forte prejudica a agenda de concessões

Governo tenta empolgar investidor para ferrovias

Continua após a publicidade

Projeto de logística do governo terá novas concessões

O presidente do BNDES lembrou que além dos riscos geológicos e climáticos que envolvem a construção dessas obras, também é possível que uma ou outra “situação regulatória” impacte o cronograma de obras, em caso que caberia ao próprio poder concedente reequilibrar os parâmetros econômicos da concessão. “O importante é trabalhar para que os projetos sejam concluídos”, disse.

A fala do executivo acontece no mesmo dia em que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reuniu com banqueiros e representantes do BNDES em São Paulo para discutir os termos das garantias das concessões. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a intenção de Mantega era induzir os bancos a participar dos certames, na posição de financiadores, garantindo-lhes risco zero nos projetos. De acordo com a reportagem, o BNDES arcaria com a totalidade do risco.

Leia também:

Senado quer prestação semestral de contas do BNDES

Coutinho afirmou ainda que a combinação de bancos públicos e privados na concessão de financiamentos de longo prazo é vitoriosa em outros países e adequada ao Brasil. O presidente do banco de fomento disse que é preciso criar condições para que o BNDES possa dividir essas operações com instituições financeiras privadas. “À medida que o sistema bancário privado brasileiro alcance seu potencial, nossa participação no crédito será mais próxima à da verificada em bancos de fomento de outros países”, destacou.

“Em momentos de retração econômica, os bancos públicos aumentam atuação, enquanto os privados tendem a se retrair, mas, em momentos de expansão econômica, as instituições públicas podem deixar espaço para que o setor privado se expanda”, completou. Não obstante, Coutinho avaliou que o mercado de capitais do Brasil tem espaço para crescer e afirmou que o banco de fomento quer ser a “mola propulsora” dessa expansão.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.