Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Bird diz que América Latina deve diversificar para prevenir contágio

Por Saul Loeb
22 set 2011, 14h47

América Latina deve aproveitar seu relativo bom desempenho econômico para diversificar suas economias e ampliar suas reformas internas, de maneira a se prevenir de um possível contágio da crise dos países desenvolvidos, declarou nesta quinta-feira o presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick.

“Um dos desafios que estamos discutindo com a América Latina é o de que eles possam garantir que suas reformas estruturais diversifiquem ainda mais suas economias”, afirmou Zoellick durante coletiva de imprensa.

A América Latina crescerá um “robusto” 4,5% este ano, e 4% em 2012, em um contexto mundial de grandes incertezas por conta dos problemas financeiros e de crescimento dos países avançados, disse esta semana o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“A boa notícia da América Latina é que houve uma revolução silenciosa na última década”, mediante políticas macroeconômicas e monetárias prudentes e taxas de câmbio flexíveis, disse Zoellick.

Continua após a publicidade

A demanda agrícola seguirá alta, disse Zoellick, mas as incertezas são maiores com relação aos minérios, que são alguns dos principais produtos de exportação da região.

Segundo Zoellick, esse cenário pode oferecer oportunidades, caso o setor de serviços incremente a produtividade, aumentando assim a resistência da economia, disse.

Contudo, ressaltou o presidente, a região é bastante diversa e a América Central, por exemplo, sofre outros tipos de desafios, como o narcotráfico e a insegurança.

Continua após a publicidade

Zoellick pediu ainda aos países avançados sejam valentes e implementem reformas condizentes com o nervosismo do mercado.

“Ninguém vai ficar imune a este tipo de turbulência. Queremos trabalhar com nossos sócios latino-americanos para que eles continuem beneficiando-se dos passos que foram tomados, mas creio que eles também estão preocupados pelos acontecimentos na Europa e Estados Unidos”, disse.

Ante a instabilidade econômica mundial, os países devem evitar tomar “decisões estúpidas” como o protecionismo comercial, pediu Zoellick.

Continua após a publicidade

A economia mundial enfrenta momentos perigosos, que requerem líderes valentes, advertiu.

“Não tomem decisões estúpidas, não deixem que o mundo caia no protecionismo, e (…) mantenham a concentração nos motores de crescimento de longo prazo”, pediu Zoellick aos líderes mundiais.

“O mundo entra em uma zona perigosa que necessita de líderes valentes”, insistiu.

Continua após a publicidade

O Bird e o FMI abriram nesta quinta-feira sua reunião em Washington em meio de uma crescente inquietação em relação aos indicadores econômicos na Europa e nos Estados Unidos, e por repetidos recuos nas bolsas mundiais.

“Creio que uma nova queda é improvável, mas a confiança do mercado tem sido corroída pelas constantes notícias ruins”, explicou Zoellick.

Para ele, as economias emergentes já começam a sentir os efeitos da crise mundial e estão menos preparadas para lidar com um eventual agravamento das questões que abalam a economia global, como a crise da dívida na Europa e a lentidão da recuperação da economia americana.

Continua após a publicidade

“Uma crise no mundo avançado poderá converter-se em uma crise para os países em desenvolvimento”, alerta.

Esses países, como os do Brics (Brasil, Rússia, China, África do Sul e Índia) – cujos ministros de Finanças se reúnem nesta quinta-feira em Washington – têm menos espaço fiscal que há três anos, quando instalou a crise financeira, explicou Zoellick.

“Em 2008 muitos disseram que não haveria turbulências. Os dirigentes não têm essa desculpa agora”, disse Zoellick.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.