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Bernanke: Crise do euro pesou sobre economia dos EUA

Por Da Redação
7 jun 2012, 12h43

Por AE/Dow Jones

Washington – O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmou nesta quinta-feira em um depoimento no Congresso que a recuperação econômica dos Estados Unidos enfrenta riscos significativos, incluindo ventos contrários vindos da crise da dívida soberana na Europa. As declarações constam no discurso preparado por Bernanke em seu depoimento no Comitê Conjunto de Economia.

Segundo Bernanke, a economia dos EUA parece posicionada para continuar crescendo em um ritmo “moderado” este ano. Mas ele afirma que existem ventos contrários, incluindo a fragilidade no mercado imobiliário e preocupações com a saúde do sistema bancário europeu.

“A crise na Europa tem afetado a economia dos EUA, ao derrubar nossas exportações, pesando na confiança das empresas e consumidores e pressionando os mercados financeiros e as instituições”, afirmou Bernanke no discurso. Mas ele também comenta que os bancos norte-americanos estão mais fortes do que estavam alguns anos atrás, o que gera uma certa proteção contra as turbulências na Europa. “Não obstante, a situação na Europa gera riscos significativos para o sistema financeiro dos EUA e a economia precisa ser monitorada atentamente.”

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Ele reconhece que as autoridades da Europa adotaram algumas medidas para lidar com a crise da dívida soberana, mas disse que elas provavelmente precisarão fazer mais para estabilizar os bancos da região, acalmar os temores dos mercados e “atingir uma estrutura fiscal viável para a zona do euro”. O presidente do banco central afirma ainda que o Fed está preparado para fazer mais para proteger o sistema financeiro dos EUA conforme for necessário, “no caso do estresse financeiro se agravar”.

Bernanke também diz que, com os riscos para a projeção econômica oriundos da crise na Europa, a incerteza sobre a política fiscal nos EUA e a alta taxa de desemprego, o Fed tem mantido sua política acomodatícia. “Com o desemprego ainda muito alto e a previsão para a inflação controlada, e com riscos significativos de baixa para as projeções gerados pelas tensões nos mercados financeiros globais, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) continua a manter uma postura altamente acomodatícia”, afirmou.

Em relação ao mercado de trabalho, Bernanke disse que os números decepcionantes do relatório do governo sobre emprego (payroll) no mês de maio podem estar relacionados com o incomum clima quente no inverno, que pode ter antecipado algumas contratações. Além disso, alguns empregadores que demitiram durante a recessão podem ter recontratado seus funcionários no fim de 2011 e começo deste ano.

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“Se for esse o caso, a desaceleração no ritmo das contratações nos últimos meses pode indicar que essas recontratações foram basicamente concluídas e, consequentemente, ganhos mais rápidos na atividade econômica serão necessários para atingirmos uma melhora significativa nas condições do mercado de trabalho”, explica Bernanke.

O presidente do Fed também cobrou que os legisladores norte-americanos coloquem o orçamento federal em uma trajetória sustentável. Bernanke tem alertado repetidamente sobre as consequências para a economia se o Congresso permitir uma série de aumentos de impostos e cortes de gastos previstos para entrar em vigor em 2013. Para ele, a política fiscal deveria ser utilizada para fortalecer a economia no médio e longo prazo.

“Na máxima extensão possível, as políticas tributárias e de gastos federais devem aumentar os incentivos para o trabalho e a poupança, encorajar investimentos na capacitação da força de trabalho, estimular a formação de capital privado, promover pesquisa e desenvolvimento e fornecer a infraestrutura pública necessária.” As informações são da Dow Jones.

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