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BC reforça que ‘não há espaço para cortar juro’

Em ata, autoridade monetária reduziu projeção para a inflação tanto para 2016 como para 2017, mas reiterou não haver espaço para diminuição da Selic

Por Da Redação
5 Maio 2016, 10h07

O Banco Central (BC) reduziu sua projeção para a inflação tanto para 2016 como para 2017, mas reiterou não haver espaço para diminuição dos juros básicos diante de fatores como o nível elevado da inflação em 12 meses, informou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira.

Na semana passada, o BC manteve a Selic em 14,25%, patamar que segue desde julho de 2015, em decisão unânime pela primeira vez depois de três votações rachadas, indicação de que está pavimentando o caminho para afrouxar a política monetária só mais à frente.

Após a decisão unânime, a ata trouxe a ponderação de que incertezas associadas ao balanço de riscos ocorrem “apesar dos avanços no combate à inflação”. Por isso, a autoridade monetária cravou no documento que, “nesse contexto, o cenário central não permite trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias”.

Entre esses fatores de risco, o colegiado voltou a elencar o processo de recuperação dos resultados fiscais e a sua composição, além de repetir que o processo de realinhamento de preços relativos mostrou-se mais demorado e mais intenso que o previsto. O BC também voltou a citar as incertezas sobre o comportamento da economia mundial.

No documento, o BC reforça que sua posição tem por objetivo o cumprimento do regime de metas, ou seja, circunscrever a inflação aos limites estabelecidos pelo CMN, em 2016 (com inflação abaixo de 6,5%), e fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017.

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O BC não divulga qual a taxa prevista na ata, mas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março a autoridade monetária revelou que a estimativa estava em 6,6% para o fim deste ano pelo cenário de referência. Para 2017, a inflação no cenário de referência do BC também caiu, e a projeção se encontra “ao redor” da meta de 4,5%.

A ata desta quinta-feira ressalta que o cenário de referência leva em conta um taxa de câmbio em 3,55 reais e Selic em 14,25% ao ano. No documento anterior, o BC trabalhava com a cotação do dólar em 3,95 reais.

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Preços administrados – O BC revisou para cima sua projeção de alta para os preços administrados de 2016 e manteve as expectativas para 2017. Na ata anterior, o Comitê de Política Monetária (Copom) previa uma elevação de 5,9% para este ano. Na edição, no entanto, a nova taxa é de 6,8%.

Para chegar a essa nova variação para este ano, o BC considerou hipótese de variação média de 19% nas tarifas de água e esgoto, e uma elevação de 12,8% nos preços dos medicamentos. O colegiado levou em consideração ainda um recuo de 3,2% nos preços de energia elétrica, ante queda de 3,5% no documento anterior.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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