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BC da Turquia deve aumentar seus juros em caráter de urgência

Sob pressão da desvalorização cambial e da inflação, banco central reúne-se nesta terça-feira

Por Da Redação
28 jan 2014, 13h17

Nos últimos dias, a Argentina ganhou os holofotes mundiais, com investidores preocupados com a forte desvalorização cambial. Ao vizinho brasileiro, soma-se agora a Turquia. O país europeu está sendo pressionado a combater o avanço da inflação e a desvalorização de sua moeda, a lira. Na segunda-feira, a lira caiu 2,7% em relação ao dólar – foi o 11º dia em que a divisa caiu.

O presidente do Banco Central (BC) da Turquia, Erdem Basci, convocou para esta terça-feira à noite uma reunião de emergência. A expectativa é que a autoridade monetária do país eleve os juros básicos e assuma o compromisso de combater a inflação e a desvalorização da lira.

Na semana passada, o BC turco manteve todas as taxas básicas de juros inalteradas: os juros de concessão de empréstimos overnight foram mantidos em 7,75%, a taxa para tomada de empréstimos overnight continuou em 3,5%, a taxa de recompra de uma semana permaneceu em 4,5% e a taxa de empréstimos para dealers primários seguiu em 6,75%.

O BC nega que está sendo pressionado pelo governo da Turquia para manter as taxas de juros baixas – uma forma de estimular o crescimento econômico. Nas palavras de Basci, “tais medidas não estão em nosso dicionário” e reiterou a independência da instituição. “Ninguém deve ter nenhuma dúvida de que o banco central usará todos os instrumentos disponíveis e não irá hesitar em tomar medidas para fazer um aperto duradouro na política monetária se considerar necessário”, disse o presidente do BC.

O primeiro-ministro Tayyip Erdogan, ansioso para manter o crescimento econômico antes do ciclo de eleições, que começa em dois meses, vem sendo um oponente feroz da alta dos custos de empréstimo. Na opinião de Erdogan há um “lobby da taxa de juros” de especuladores que buscam sufocar o crescimento e minar a economia. O problema é que às vezes é necessário o aumento dos juros para reforçar as moedas.

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Neste contexto, a confiança do investidor tem sido prejudicada pelo escândalo de corrupção que agitou o governo, por temores acerca de uma luta pelo poder e o impacto global da redução dos estímulos monetários nos EUA.

“Na Turquia, os políticos publicamente criticam ou elogiam as decisões do banco central. Não acho que isso ameace a independência do banco”, disse Basci em entrevista à imprensa para anunciar o relatório de inflação trimestral do BC. O banco aumentou fortemente sua projeção de inflação para o fim do ano para 6,6%. Assim, a expectativa do mercado é de que o BC eleve os juros.

O BC turco deve elevar sua taxa de empréstimo (custo de seus empréstimos overnight a bancos) em 2,25 pontos percentuais, para 10%, de acordo com a mediana das projeções em pesquisa da Reuters com 31 economistas.

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(com agência Reuters)

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