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BC corta para 1,6% a previsão de crescimento do Brasil

Expectativa anterior era de PIB em 2,5% em 2012. Projeção atual se aproxima de número que já foi considerado 'piada' por Mantega. Previsão de inflação subiu

Por Da Redação
27 set 2012, 09h30

O Banco Central reduziu a previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano de 2,5% para 1,6%. O porcentual está muito próximo da estimativa de 1,5% de expansão para o PIB deste ano feita por uma instituição financeira internacional, que foi considerada, na ocasião, “uma piada” pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A autoridade monetária também piorou suas perspectivas para o aumento da inflação em 2012, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira. Na revisão anterior, o BC já havia reduzido a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no Brasil, de 3,5% para 2,5%.

Segundo o relatório, o Índice de Preços ao Comsumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE e considerado a “inflação oficial” do país, ficará em 5,2% neste ano, ante previsão anterior de 4,7%. Para 2013, porém, a estimativa caiu, passando de 5% para 4,9%.

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Política Monetária – O número para este ano se afastou ainda mais do centro da meta de inflação do governo, de 4,5% – o número apresenta tolerância de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. Para 2013, o leve recuo na projeção de inflação veio, “em grande parte”, devido à redução estimada nos preços das tarifas de energia elétrica. Segundo o BC, o cenário de referência leva em conta o conjunto de informações disponível até 6 de setembro passado e pressupõe o dólar a 2,05 reais e a Selic em 7,5 %.

O relatório reforça ainda que se o cenário “prospectivo” vier a comportar um ajuste adicional nas condições monetárias, ele deverá ser conduzido com a “máxima parcimônia”. Ou seja, o BC está cauteloso em mexer novamente na taca de juros do país, a despeito das declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que há espaço para mais cortes nos juros básicos este ano.

Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, o BC avaliou ainda que a política fiscal do governo “se desloca de uma posição de neutralidade para ligeiramente expansionista”.

“No Brasil, a recuperação tem se materializado de forma gradual, mas o ritmo de atividade tende a se intensificar neste semestre e no próximo ano, com alguma assimetria entre os diversos setores”, afirma o BC na nota. A expectativa da autoridade monetária para a expansão do PIB neste ano é pior do que a do próprio governo que, no Relatório de Despesas e Receitas, reduziu a previsão de crescimento neste ano para 2%.

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O BC informou ainda que o choque de commodities atual é menos intenso e duradouro do que em 2010/2011. “Importa destacar, ainda, que o recente choque de commodities agrícolas tende a ser menos intenso e menos duradouro do que o ocorrido em 2010/2011”, cita o texto.

Projeções – O mercado é ainda mais pessimista, com previsão de avanço do PIB em 1,57%, segundo a mais recente pesquisa semanal Focus divulgada pelo Banco Central. Ao mesmo tempo, os economistas e analistas projetam a inflação de 2012 em 5,35% e, de 2013, em 5,50%.

A autoridade monetária destacou ainda que, no âmbito da política fiscal, “iniciativas recentes apontam o balanço do setor público se deslocando de uma posição de neutralidade para ligeiramente expansionista”, lembrando que o cumprimento dos superávits primários “solidifica a tendência de redução da dívida pública”. O governo vem adotando uma série de medidas para estimular a economia, desde desonerações fiscais para diversos setores produtivos até reduções seguidas na taxa básica de juros — hoje na mínima histórica de 7,50% ao ano.

Recentemente, o BC reduziu ainda as alíquotas dos depósitos compulsórios, injetando na economia cerca de 30 bilhões de reais para impulsionar a oferta de crédito. O relatório também informou que a chance de a inflação estourar o teto da meta oficial –de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos– é de 3% em 2012 e de em torno de 13% no ano que vem.

(Com agências Estado e Reuters)

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