Barclays corta até 12 mil empregos
Decisão causou indignação de políticos e sindicatos na Grã Bretanha. Demissões acontecem mesmo com o banco elevando bônus de alguns executivos
Barclays, o terceiro maior banco da Grã-Bretanha, informou que irá cortar até 12 mil empregos neste ano, incluindo 7 mil na Grã-Bretanha, onde metade dos colaboradores afetados já foram notificados. A decisão vem em parelelo com o anúncio de elevar os bônus para executivos da área de banco de investimento, fato que desagradou políticos e sindicatos. Eles afirmam que o banco não aprendeu as lições da crise financeira.
O número de demissões representa 9% de seu quadro de funcionários e os cortes não estão concentrados em uma única área. O banco informou ter pago 2,4 bilhões de libras (3,9 bilhões de dólares) em prêmios de incentivo, após elevar os bônus no banco de investimentos em 13%, apesar de uma queda nos lucros da unidade. A combinação de demissões e bônus maiores causou a indignação do maior sindicato da Grã-Bretanha.
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O presidente-executivo do banco, Anthony Jenkins, que assumiu o cargo em 2012 após um escândalo sobre a manipulação de taxas de juros, tenta melhorar a cultura e os padrões da organização, ao mesmo tempo em que reduz o risco e fortalece o balanço patrimonial. Jenkins defendeu o montante maior de bônus, dizendo que o banco precisava recrutar os melhores funcionários para competir com rivais globais e continuava a ter conversas “construtivas” com investidores sobre pagamentos.
“Entendo que haverá alguns que sentem que esta decisão é a errada para o Barclays. Mas é a decisão que o Conselho e eu acreditamos ser a certa para o grupo e para os interesses de longo prazo dos acionistas”, afirmou.
(com agência Reuters)