O banco espanhol Bankia tentava enviar neste sábado uma imagem tranquilizadora sobre sua “solidez”, após um pedido de ajuda recorde de mais de 20 bilhões de euros ao Estado, que, somada à que poderia ser solicitada pelas autonomias endividadas, aumenta os temores sobre a capacidade da Espanha de evitar uma crise da dívida.
Após seu saneamento, o Bankia será “sólido, eficiente e rentável”, assegurou seu presidente, José Ignacio Goirigolzarri, que garantiu que a situação desta instituição “não vai se extrapolar de modo algum” ao resto do setor bancário espanhol.
“Fizemos uma análise rigorosa e estou muito tranquilo diante dos testes de estresse que virão”, disse em uma coletiva de imprensa, antes de informar que antes de junho a instituição apresentará um plano estratégico.
O Bankia anunciou na sexta-feira que precisa de 19 bilhões de euros adicionais, com os quais o total se eleva a 23,5 bilhões, após o anúncio do dia 9 de maio de que um empréstimo à instituição foi transformado em participação.
Resultante da união de sete caixas de poupança em dificuldades em 2010, o Bankia foi vítima da crise econômica que atinge particularmente a Espanha após a explosão da bolha imobiliária, em 2008.
O banco também apresentou perdas para 2011 de 2,979 bilhões de euros, embora tenha anunciado anteriormente um lucro de 309 milhões de euros.