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Bancos da América Latina devem evitar novos riscos-Banco Mundial

Por Da Redação
29 nov 2011, 16h31

Por Guillermo Parra-Bernal

SÃO PAULO (Reuters) – A tomada de novos riscos pode afetar a estabilidade de bancos da América Latina, que se fortaleceram nos últimos anos ao cobrar altas taxas de juros e entrar lentamente no financiamento de investimentos e crédito para o setor de habitação, afirmou o Banco Mundial nesta terça-feira.

Os bancos da região devem cautelosamente se expandir em áreas como a de inclusão financeira -na qual atraem clientes que não utilizam bancos- e no financiamento para pequenas companhias e compradores de casas, afirmou o Banco Mundial em um relatório.

Os países devem aumentar a fiscalização dos bancos, reforçar os direitos dos mutuários e desenvolver ferramentas melhores para financiar investimentos de longo prazo, acrescentou a entidade.

Após décadas de instabilidade recorrente nos mercados domésticos, a gestão prudente de políticas nos maiores países da América Latina ajudou a prevenir os excessos que afetaram os sistemas bancários das nações mais ricas.

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Mas um modelo de negócios desigual, que sobrecarrega mutuários e aposta pouco na inclusão, pode tirar a expansão dos trilhos, afirmou o relatório.

“Ao longo de anos, a América Latina colocou a estabilidade financeira antes do desenvolvimento. Agora, com todo esse progresso, o desafio é ter um modelo mais balanceado”, disse à Reuters por telefone o economista-chefe do Banco Mundial para a região, Augusto de la Torre, responsável pelo relatório.

O relatório é divulgado em um momento no qual alguns investidores temem que o explosivo crescimento no crédito do Brasil e de outras economias da região esteja perdendo força.

O crédito, cuja porcentagem no PIB do Brasil mais que dobrou durante os últimos oito anos, alimentou um crescimento econômico forte no ano passado. Porém, implicou em maiores dívidas para empresas e para o setor de habitação, motivando temores de que uma bolha pudesse estar se formando nos mercados de crédito do país.

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A necessidade de crescer durante uma recessão pode levar alguns bancos da América Latina e do Caribe a assumir riscos desnecessários, afirmou o relatório.

“Em um clima econômico tão volátil quanto o atual, aparentemente, o prudente seria fazer muito pouco”, disse a vice-presidente do Banco Mundial para América Latina e Caribe, Pamela Fox, em comunicado.

O Itaú Unibanco adquiriu recentemente as operações chilenas do HSBC, que está deixando o Chile. O BTG Pactual está no processo de adquirir a chilena Celfin, para crescer nos serviços bancários privados em tal país.

O Brasil, a Colômbia e outros países tomaram medidas recentemente para restringir o crescimento excessivo do crédito. Tal disciplina ressalta a resiliência do sistema financeiro da região em meio a uma crise do crédito em outras partes do mundo.

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