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Bancos brasileiros estão bem preparados, diz Fitch

Segundo a agência de avaliação de risco, apesar de perspectiva de estabilidade, as instituições financeiras estão diante de vários desafios

Por Da Redação
4 out 2012, 17h03

Os bancos brasileiros estão adequadamente preparados para enfrentar uma volatilidade maior dos mercados, disse nesta quinta-feira a Fitch Ratings. Segundo a agência, embora a perspectiva para o setor bancário do Brasil permaneça estável, os bancos estão diante de vários desafios. Opinião semelhante foi dada nesta terça-feira pelo Banco Central, que avaliou que as instituições financeiras nacionais têm de se adaptar à nova realidade de juros e spreads mais baixos no país.

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A Fitch diz que a desaceleração da economia do país e o alinhamento dos ratings nacionais das subsidiárias de bancos estrangeiros com a perspectiva de suas controladoras resultaram em um aumento marginal de perspectivas negativas. “Apesar de seus bons fundamentos, a deterioração do crédito e a pressão sobre as margens, ao lado de um cenário macroeconômico mais fraco, criam um ambiente mais desafiador aos bancos brasileiros”, disse Eduardo Ribas, diretor-associado do Grupo de Instituições Financeiras da Fitch.

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A agência considera que os grandes bancos do país seguem financeiramente sólidos, mostrando níveis adequados de capitalização, boa liquidez e bom acesso a financiamento, assim como lucratividade maior que a dos concorrentes locais e internacionais. Os ratings dos bancos médios e pequenos são ajustados com base nos desafios relacionados a seu tamanho e maior vulnerabilidade a períodos prolongados de maior incerteza. A Fitch nota que a maioria desses bancos se preparou para aguentar um ambiente de maior volatilidade.

Crédito – Segundo a agência, a expansão significativa dos financiamentos em 2010 e em 2011 elevou os custos do crédito a níveis mais altos que na média dos mercados emergentes e da América Latina. Este é o principal fator a pressionar as margens no médio prazo, especialmente num ambiente de taxas de juro mais baixas.

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“A deterioração da qualidade do crédito foi intensa e reflete a desaceleração da economia, que foi maior do que se projetava inicialmente. O maior rigor na concessão de crédito no último período vai desacelerar o crescimento da inadimplência no médio prazo. Ao mesmo tempo, o nível mais alto de endividamento individual destaca a necessidade de monitorar a expansão do crédito, especialmente considerando que a taxa de desemprego permanece em níveis historicamente baixos”, diz a Fitch.

Retorno – A agência acrescenta que “a intensidade da redução dos spreads variou entre os bancos privados e os governamentais. Inicialmente, esse efeito foi marginal, mas se espera que ele se acentue ao longo do tempo, num ambiente de taxas de juro locais mais baixas e sustentáveis. Assim como na tendência do setor bancário mundial, é improvável que as taxas de retorno dos bancos brasileiros voltem aos níveis altos do passado recente”.

Já analistas ouvidos pelo site de VEJA acreditam que a rentabilidade dos bancos nacionais voltará a subir no médio prazo, graças a um rearranjo no segmento, com os bancos voltando-se mais intensivamente à diversificação dos produtos e ampliação das operações.

(com Agência Estado)

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