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Banco Mundial quer incluir capital natural no cálculo de crescimento dos países

Objetivo é desmentir a ideia de que o crescimento verde é um luxo sustentável apenas por países ricos

Por Luís Bulcão
9 Maio 2012, 17h41

Qual é o valor da floresta amazônica? Qual o preço da diversidade biológica do Brasil? Quanto valem os rios, as praias, os animais? A resposta para essas perguntas tem sido debatida exaustivamente no âmbito internacional desde que a Convenção da ONU para a Biodiversidade foi lançada na Rio 92. Nesta quarta-feira, foi a vez de o Banco Mundial pedir aos países para darem valor a seus capitais naturais ao lançar um documento intitulado Economia Verde Inclusiva: o caminho para o Desenvolvimento Sustentável (Inclusive Green Growth: the Pathway to Sustainable Development) durante a Conferência Global para o Crescimento Verde, realizada hoje em Seul, na Coreia do Sul. A instituição afirma que apoia firmemente a incorporação dos atributos de meio ambiente no cálculo de crescimento e que vai pressionar os países para assinarem compromissos durante a Rio+20.

O relatório busca desmentir a ideia de que o crescimento verde é um luxo sustentável apenas por países ricos. Os maiores obstáculos para o desenvolvimento sustentável, segundo a instituição, são barreiras políticas, desconfiança e a falta de instrumentos apropriados de financiamento. De acordo com o documento, as limitações atmosféricas, terrestres e marinhas precisam ser calculadas na busca conjunta por crescimento econômico e redução da pobreza. Políticas e investimentos precisam ser aplicados em um período de cinco a dez anos para que o mundo não atinja um patamar insustentável e consequências onerosas para a saúde pública.

“Obtivemos avanços memoráveis em saúde e bem estar social desde a Rio 92. Ainda assim, o progresso muitas vezes resultou em degradação ambiental e na redução de recursos naturais. As decisões que tomarmos hoje vão comprometer os países com metas de crescimento que serão sustentáveis no futuro ou não. É preciso tomar grande preocupação para garantir que as cidades, as estradas, as fábricas e as fazendas sejam desenvolvidas e regulamentadas de forma que possibilitem a melhoria dos padrões de vida ao mesmo tempo que não prejudiquem o capital natural, humano e capital”, disse Rachel Kyte, vice presidente do Banco Mundial para o desenvolvimento sustentável.

Durante o encontro, a Coreia do Sul, que tem experiências reconhecidamente bem sucedidas de políticas ambientais, prometeu 40 milhões de dólares ao portfólio de crescimento verde do Banco Mundial.

Confira o documento original no site do Banco Mundial.

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