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Banco de desenvolvimento deve dominar a cúpula dos Brics

Presidente Dilma participa da 5ª cúpula do bloco, que ocorre na África do Sul. Países tratarão, ainda, do estreitamento de laços econômicos

Por Da Redação
26 mar 2013, 08h05

A presidente Dilma Rousseff reúne-se, a partir desta terça-feira, com os presidentes da Rússia (Vladimir Putin), China (Xi Jinping) e África do Sul (Jacob Zuma), além do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, durante a 5ª cúpula dos Brics, grupo que reúne as economias emergentes. O encontro ocorre na cidade sul-africana de Durban e vai se estender por dois dias. Durante as reuniões, os países discutirão, entre outros temas, a criação de um banco de desenvolvimento. A iniciativa permitiria que os países reunissem recursos para obras de infraestrutura e também poderia ser usada, no longo prazo, como instrumento de crédito durante crises financeiras globais como a que assola atualmente a Europa.

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Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também participa das reuniões, afirmou que os cinco países podem avançar nas negociações para criação do banco dos Brics e que, no encontro, discutirão o estreitamento de laços econômicos.

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Em companhia do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, Mantega acrescentou ser possível ir adiante no debate sobre um acordo para uso conjunto de reservas cambiais, em caso de crise de liquidez ou ataque especulativo, o que daria cobertura quando faltassem recursos. Mantega ainda concluiu que os países avançados “estão crescendo pouco”, por isso os Brics “dependem cada vez mais de si mesmos”.

A cúpula tem como tema “A associação dos Brics e da África para o desenvolvimento, a integração e a industrialização” e terá a crise econômica mundial como pano de fundo. Os representantes dos cinco países também discutirão a implementação de um fundo conjunto de reservas em divisas estrangeiras, assim como de um centro de estudos próprio e de um conselho de negócios dos Brics. Os investimentos feitos na África pelos países do grupo, sobretudo a China, será outra das questões centrais da reunião, como indica o lema da cúpula.

Segundo dados do próprio grupo, os cinco países representam 42% da população mundial e 45% da força de trabalho existente no planeta. Em 2012, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul somaram 21% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, e o comércio entre eles alcançou 282 bilhões de dólares.

A sigla Bric foi cunhada em 2001 pelo economista Jim O’Neill, do Goldman Sachs, para descrever a guinada econômica global rumo aos mercados emergentes. A África do Sul aderiu ao grupo somente em 2010. Os países realizaram sua primeira cúpula em 2009 e têm sido criticados por constituir um bloco muito heterogêneo. Especialistas apontam que eles são nada além de uma mera sigla, já que têm dificuldades para encontrar uma causa comum a quatro continentes, com economias, sistemas de governo e prioridades radicalmente diferentes.

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