Banco Central Europeu mantém taxa de juros em 1,5%
Apesar da piora da crise da dívida europeia, BCE mantém juros de olho no avanço da inflação no continente
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter nesta quinta-feira as taxas de juros em 1,5% pelo terceiro mês consecutivo. Apesar de uma piora da crise da dívida europeia, a autoridade monetária da zona do euro optou por não afrouxar sua política. A decisão, que era amplamente esperada, ocorre após a taxa de inflação da zona do euro subir para 3% no ano em setembro, após registrar 2,5% no mês anterior.
Os indicadores de sentimento econômico pioraram significativamente desde a última reunião de política monetária, e o BCE espera que a inflação caia abaixo de sua meta de “menor, mas próximo a 2%” no próximo ano. No entanto, os mercados estarão observando os sinais sobre o prazo de qualquer corte da taxa de juros.
Pronunciamento – O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, afirmou nesta quinta-feira que a inflação continua elevada e deverá continuar acima de 2% nos próximos meses, mas cair em seguida. Ele destacou ainda que o ritmo da expansão monetária segue moderado.
Quanto à recuperação da economia, a autoridade afirmou que “as atuais tensões nos mercados financeiros e os efeitos desfavoráveis sobre as condições de financiamento provavelmente vão prejudicar o ritmo do crescimento econômico na zona do euro no segundo semestre deste ano”. “A perspectiva econômica permanece sujeita a uma incerteza particularmente alta e a riscos de baixa intensificados”, disse Trichet.
Enquanto isso, as taxas de juros seguem baixas. “Continua sendo essencial para a política monetária manter a estabilidade dos preços no médio prazo. Por isso (é essencial) garantir uma âncora firme das expectativas de inflação na zona do euro em linha com a nossa intenção de manter as taxas de inflação abaixo, mas perto de, 2% no médio prazo”, afirmou o presidente do BCE.
Segundo Trichet, essa âncora é um pré-requisito para a política monetária fazer sua contribuição no suporte ao crescimento econômico e à criação de empregos na zona do euro.
(com Agência Estado)