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Banco Central da Argentina eleva taxa básica de juros para 45%

A medida, segundo o BC argentino, é uma resposta à conjuntura externa atual e ao risco de um novo impacto sobre a inflação doméstica

Por Estadão Conteúdo 13 ago 2018, 15h41

O Banco Central da Argentina elevou a taxa básica de juros da economia de 40% para 45% ao ano nesta segunda-feira. A decisão reflete uma nova tentativa da autoridade monetária argentina de conter a disparada do dólar ante o peso argentino.

“Em resposta à conjuntura externa atual e ao risco de um novo impacto sobre a inflação doméstica, o Comitê de Política Monetária do BCRA decidiu, por unanimidade, se reunir fora do cronograma pré-estabelecido e aumentar a taxa de juros para 45%”, afirmou o banco central em comunicado.

Além disso, o BC argentino aponta que, para garantir que as condições monetárias mantenham o viés de aperto, “se compromete a não diminuir o novo nível da taxa de juros até, pelo menos, outubro”.

O banco central também anunciou um plano para acelerar a redução do estoque de bônus conhecidos como Letras do Banco Central (Lebacs), “na estratégia de reordenamento dos instrumentos com os quais implementa sua política monetária”. Em comunicado, o BC diz que a intenção é eliminar gradualmente o estoque existente desses títulos, atualmente em aproximadamente 1 bilhão de pesos, a metade disso em poder de entidades bancárias e o restante em entidades não bancárias, como fundos comuns de inversão, órgãos públicos, empresas e pessoas físicas, residentes ou não.

A autoridade monetária argentina diz que, ao final do processo, o estoque de instrumentos emitidos por ele será “significativamente inferior ao atual” e apenas os bancos do sistema financeiro local manterão essas letras. “Isso permitirá melhorar a eficácia da política monetária para combater a inflação, reduzir as vulnerabilidades no mercado cambial, fomentar o desenvolvimento do sistema financeiro e fortalecer nossa economia.”

O comunicado detalha que o montante oferecido em cada oferta de Lebac será menor em relação ao que vence e somente poderá ser subscrito por autoridades não bancárias. O montante oferecido deve ser reduzido nas licitações dos próximos meses e o BC estima que ele será eliminado durante o mês de dezembro, “sempre que as condições de mercado permitirem”.

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Para as entidades bancárias, serão oferecidas apenas Notas do Banco Central (Nobac) de 1 ano de vencimento e Letras de Liquidez (Leliq). “Estas últimas passarão a ser o principal instrumento de esterilização” do BC, afirma o comunicado. As entidades bancárias poderão participar nas licitações primárias de Lebac por conta e ordem de terceiros não bancários, mas não poderão vender suas Lebac remanescentes no mercado secundário a entidades não bancárias, informa o BC, que reafirma ainda seu compromisso em assegurar a disponibilidade de dólares para o bom funcionamento do mercado cambial, por meio de leilões diários de dólares.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nota de apoio à decisão das autoridades da Argentina de acelerar a redução do estoque de Lebacs. De acordo com um porta-voz do FMI, Gerry Rice, o plano foi elaborado de modo cuidadoso pelo governo e sua implementação retira “uma importante fonte de vulnerabilidade, bem como contribui para uma perspectiva mais eficaz da política monetária”.

O Fundo diz ainda que apoia os esforços das autoridades argentinas nesta área e afirma que elas são consistentes com o acordo fechado entre o país e o FMI em junho.

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