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Banco Central alerta que coronavírus pode derrubar o PIB em até 0,4 ponto

Apesar do impacto negativo, Roberto Campos Neto mantém otimismo, ao contrário das instituições privadas

Por Victor Irajá Atualizado em 14 fev 2020, 13h07 - Publicado em 14 fev 2020, 13h00

Em apresentação divulgada nesta sexta-feira, 14, o Banco Central (BC), avaliou que o surto de coronavírus tem a capacidade de impactar em até 0,4 ponto percentual o crescimento da economia do país neste ano. Os dados serão revisados no decorrer dos próximos dias e meses, quando será possível se medir, de fato, o poderio da epidemia que assola o mundo e já deixou mais de mil mortos na China.

Um gráfico apresentado pela instituição, no entanto, mostra um potencial de contágio estarrecedor (veja abaixo). A arte aponta que o coronavírus tem infectado cerca de 4 mil novas pessoas por dia, enquanto o Sars, que acometeu a China entre 2002 2003, matou 913 pessoas. O impacto na economia, na ocasião, foi temporário — e a China, muito mais fechada do que hoje, conseguiu sair quase incólume da epidemia.

Gráfico apresentado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a investidores e gestores financeiros. Fonte: Barclays e Bloomberg (Banco Central/Reprodução)

A instituição prevê um crescimento mais robusto do que no ano passado. Acompanhando a tendência prevista pelo mercado, o Banco Central estima que o Brasil avance 2,2% em 2020.

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Na manhã desta sexta, o BC divulgou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que mede a evolução da economia brasileira, e fechou 2019 em alta de 0,89%. O crescimento é mais lento do que em 2018, quando o indicador subiu 1,15% no ano. O IBC-Br avalia a evolução da economia com informações sobre o nível de atividade dos setores: indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

Ainda que o cenário seja incipiente, o BC mostra otimismo, ao contrário de instituições financeiras. Na semana passada, o banco americano JP Morgan ceifou de 2% para 1,9% suas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2020, exatamente pela desaceleração da economia chinesa por causa do coronavírus. A instituição lembrou que quase 30% das exportações brasileiras são para a China, que tem a indústria e o comércio amplamente impactados pelo surto da nova doença no país. O banco também despencou sua projeção de crescimento do PIB chinês no primeiro trimestre, de incríveis 4,9% para minguado 1,0%. Que o ritmo de contágio alucinante do coronavírus seja rapidamente contornado — assim como o perigo que o vírus representa para a economia global. 

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