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Banco Central admite pela primeira vez que inflação ficará longe da meta

Nos últimos três anos, índice ficou acima do objetivo de 4,5% estabelecido pelo BC em 2005; neste ano, não será possível evitar uma inflação mais alta

Por Da Redação
21 fev 2013, 17h15

Desde 2005 o Brasil definiu que a meta de inflação do país é de 4,5% ao ano. Mas há uma tolerância, considerada aceitável, de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. Isso significa que a inflação no país tem que ficar entre 2,5% a 6,5%. Nesses oito anos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial medida pelo IBGE – ficou cinco vezes acima da chamada meta central de 4,5%. Para 2013, o governo admitiu pela primeira vez que o índice ficará novamente acima do objetivo oficial. “Com informações de que dispomos hoje, não é realista imaginar convergência (da inflação) neste ano”, disse Carlos Hamilton Araújo, diretor de Política Econômica do Banco Central

Para Carlos Hamilton, a inflação mostrará resistência no primeiro semestre e recuará no segundo semestre do ano. O IPCA atingiu 0,86% em janeiro, maior variação desde abril de 2005, acumulando alta de 6,15% em 12 meses.

O diretor do BC, reforçou as últimas declarações dadas pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que a atual política continua válida, mas que os ciclos monetários não foram abolidos e que, se necessário, a política monetária poderá ser ajustada. “Ele (Tombini) falou que não há risco de descontrole inflacionário, portanto, vale a mensagem. Ele falou que neste momento a estratégia da política monetária está mantida e que não foram abolidos os ciclos monetários.”

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Na última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, o BC reforçou a indicação de que a manutenção da Selic por um tempo “suficientemente prolongado” é a melhor estratégia.

Ao falar sobre os fatores que manterão o IPCA elevado na primeira metade do ano, Carlos Hamilton citou o comportamento do preço dos alimentos, possíveis aumentos de preços administrados e que o reajuste de 9% no salário mínimo exerce pressão de alta em alguns segmentos, como gastos com empregado doméstico e serviços pessoais. Por outro lado, o diretor do BC argumentou que, nas contas da autoridade monetária para a inflação neste ano, o cenário incorpora o mercado de câmbio menos volátil. “Temos dito que, no nosso horizonte de projeção para a inflação, vemos um câmbio menos volátil que no passado recente”, disse.

(Com agência Reuters)

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