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Balança comercial do Japão registra déficit recorde em janeiro

Por Por Patrice Novotny
20 fev 2012, 10h14

A balança comercial do Japão registrou um déficit recorde em janeiro devido a um aumento das importações de energia e à queda das exportações de maquinário e produtos eletrônicos, disse nesta segunda-feira o Ministério das Finanças.

A balança comercial da terceira maior potência econômica mundial registrou um saldo negativo de 1,475 trilhão de ienes (14,75 bilhões de euros; 18,5 bilhões de dólares).

Trata-se do quarto mês consecutivo de déficit, algo inédito desde a crise financeira internacional de 2008-2009.

Em janeiro, as importações do arquipélago cresceram 9,8% com relação ao mesmo mês de 2011, a 5,985 trilhões de ienes, devido à alta dos gastos com energia.

Este mês costuma ser, no entanto, mais propício às exportações, devido ao fechamento de várias empresas durante as festas de início de ano.

“O déficit pode durar até o início de 2013”, disse Yuichiro Nagai, analista do Barclays Capital.

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O Japão importou volumes altos de gás natural liquefeito (GNL, +28,2%) e carbono (+7,8%), para aumentar a produção de eletricidade de suas centrais térmicas e compensar o fechamento da maioria dos reatores nucleares.

A produção nuclear japonesa caiu a um mínimo desde a catástrofe da central de Fukushima, provocada pelo sismo e pelo tsunami de 11 de março. A quase totalidade das 54 unidades do país interromperam seu funcionamento ou não voltaram a ser utilizadas, por precaução, após uma operação de manutenção regular.

A companhia de eletricidade do oeste, Kansai Electric Power (Kepco), anunciou nesta segunda-feira que fechará seu último reator em atividade e terá apenas dois em funcionamento em todo o país.

O aumento da demanda japonesa aconteceu ao mesmo tempo em que subiram os preços dos hidrocarbonetos no mercado mundial, tanto de GNL (+74,3%), de petróleo (+12,7%) e de carbono (+26,5%).

Já as exportações do país recuaram 9,3%, para 4,51 trilhões de ienes, afetadas pela queda das vendas de semicondutores, de telefones e de componentes de aparelhos audiovisuais e de computadores.

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Os grupos japoneses de eletrônica foram afetados pelas incertezas da economia mundial, por uma dura competitividade internacional e pelo fortalecimento do iene, que reduziu suas margens de ganho.

A queda das exportações para a China, maior consumidor do Japão, foi particularmente forte em janeiro (-20,1%), devido Às celebrações do Ano Novo lunar.

Também foi diminuído o faturamento de vendas a outros países asiáticos, devido a uma menor demanda das fábricas de montagem desses mercados.

Os negócios com Estados Unidos, por sua vez, registraram melhora, graças a um aumento das exportações de automóveis.

A balança comercial do arquipélago fechou no vermelho em 2011 pela primeira vez em 31 anos.

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