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Aumento de viagens em janeiro faz setor de serviços crescer 0,6% no mês

Tradicional período de férias movimentou transporte rodoviário e aéreo de passageiros e aqueceu atividade turística mesmo durante a pandemia

Por Larissa Quintino Atualizado em 9 mar 2021, 10h33 - Publicado em 9 mar 2021, 09h36

O setor de serviços, principal peso na composição do PIB, foi o que mais sofreu com a pandemia e com as restrições de atividades não essenciais e um menor deslocamento das pessoas. Após ficar estável em dezembro do ano passado, o setor apresentou, em janeiro, crescimento de 0,6%, motivado pelo movimento de férias. As atividades de transportes foram as que mais cresceram, com avanço de viagens rodoviárias e aéreas de passageiros no período. Na comparação com janeiro do ano passado, houve recuo de 4,7% nas atividades em geral. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 9, pelo IBGE.

O avanço nos serviços no mês tem base mais na sazonalidade do que na recuperação, já que apenas dois dos cinco grupos de atividades avançaram. “Isso pode ser um reflexo do aumento da flexibilização das medidas de isolamento, com os traslados das pessoas pelas cidades brasileiras, utilizando transporte público. Talvez essas viagens sejam motivadas pela época do ano, quando acontecem as férias”, diz Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE. Os serviços de transporte avançaram 3,1% no mês.

Apesar do alerta de autoridades de saúde quanto ao aumento dos casos do novo coronavírus, as viagens de início de ano cresceram. O impacto também pode ser visto em um indicador que mede a atividade turística, que compila dados que estão em diversos grupos de atividade, mas que tem relevância na atividade turística. Segundo o IBGE, houve avanço de 0,7% em janeiro, após estabilidade em dezembro.

“Com o aumento da flexibilização e, consequentemente, aumento de movimento das pessoas nas ruas, de viagens, de almoços em restaurantes, transportes de passageiros, seja terrestre ou aéreo, o setor turístico reflete o movimento em vários desses segmentos de prestação de serviços presenciais. Ainda está distante de voltar ao patamar de fevereiro, mas dá um pequeno passo adiante”, analisa o gerente da pesquisa. O setor, porém, ainda permanece 42,1% abaixo do nível de fevereiro de 2020, considerado como pré-pandemia pelo IBGE.

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As novas restrições de estados e municípios devido os novos casos de coronavírus devem trazer novas perdas ao setor, que em grande parte necessita do atendimento ao público.

Além dessas atividades, o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares (3,4%) foi o único a crescer em janeiro frente a dezembro, puxado principalmente pelo aumento dos serviços técnico-profissionais, como serviços de engenharia e atividades correlacionadas a engenharia e arquitetura.

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Recuo

Houve queda nos três outros setores investigados pela pesquisa. A maior retração foi em outros serviços (-9,2%), que devolveu o ganho acumulado de 5,7% entre novembro e dezembro. “As perdas mais importantes desse setor vieram de corretoras de títulos e valores imobiliários. Esse segmento de serviços financeiros auxiliares tem uma característica importante, que é o pagamento de taxas de desempenho no mês de dezembro. Então as receitas mudam e a base de comparação é mais elevada. Isso acaba trazendo algum tipo de devolução importante no mês subsequente, que é janeiro”, explica.

Os serviços de informação e comunicação (-0,7%) perderam parte do ganho acumulado de 4,7% entre setembro e dezembro de 2020. “As quedas no mês de janeiro foram pressionadas, principalmente, pelos serviços de desenvolvimento e licenciamento de software, atividades de TV aberta, consultoria em tecnologia da informação e portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na internet”, diz Rodrigo.

Já os serviços prestados às famílias tiveram retração de 1,5%, a segunda taxa negativa seguida, e acumularam no período uma perda de 5,5%. Com isso, há uma retração do avanço acumulado de 68,5% pelo setor entre agosto e novembro de 2020.

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