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ATUALIZA 1-Irã pode proibir exportação de petróleo para UE

Por Da Redação
27 jan 2012, 10h36

(Texto atualizado com detalhes)

Por Hashem Kalantari e Robin Pomeroy

TEERÃ, 27 Jan (Reuters) – Uma lei que será debatida no Parlamento iraniano no domingo pode levar à suspensão das exportações de petróleo para a União Europeia já na próxima semana, frustrando um plano do bloco europeu de implementar o embargo ao petróleo em fases, para ajudar na adaptação de suas economias fragilizadas, disseram parlamentares iranianos nesta sexta-feira.

“No domingo, o Parlamento terá que aprovar uma lei de ‘emergência dupla’, pedindo uma suspensão na exportação do petróleo iraniano para a Europa a partir da próxima semana”, disse o vice-presidente do comitê de Política Externa e Segurança Nacional do Parlamento, Hossein Ibrahimi, segundo informou a agência de notícias semioficial Fars.

O Parlamento está pressionando pela proibição de exportação para negar à UE um prazo de seis meses para implementar o embargo ao petróleo do Irã, acordado pelo bloco na segunda-feira como parte de uma série de novas sanções ocidentais para forçar o país a moderar seu programa nuclear.

A UE comprou 18 por cento do petróleo bruto iraniano no primeiro semestre de 2011, segundo a Agência de Informações em Energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês), fazendo do bloco o segundo maior cliente do Irã, depois da China.

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“Se os deputados chegarem à conclusão que as exportações de petróleo iraniano para a Europa devem ser suspensas, o Parlamento não vai adiar um momento (para aprovar o documento)”, disse o deputado Moayed Hosseini-Sadr, membro do comitê energético do Parlamento, segundo a Fars.

“Se a exportação do petróleo do Irã para a Europa… for suspensa, os europeus certamente serão surpreendidos e entenderão o poder do Irã e vão perceber que o establishment islâmico não vai sucumbir às políticas europeias”, disse.

Sugerindo que o plano tem o apoio do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, o clérigo que conduziu as orações desta sexta-feira na Universidade de Teerã zombou da decisão da UE de parcelar as sanções.

“Por que esperar seis meses, por que não agora? A resposta é clara. Eles estão com problemas; eles estão lutando contra a crise”, disse o clérigo linha-dura Ahmad Khatami.

A UE não deu uma resposta sobre o assunto.

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“Sim, nós vimos os relatos sobre as intenções do Irã”, disse uma porta-voz da chefe da política externa do bloco europeu, Catherine Ashton. “Mas nós introduzimos nossas medidas por causa de preocupações extremas com relação ao programa nuclear do Irã”, disse Maja Kocijancic.

“Queremos ver o Irã voltando para a mesa de negociações, engajando-se em uma discussão significativa sobre o estabelecimento de medidas de confiança e demonstrando a prontidão de responder aos temores sobre seu programa nuclear sem precondições”.

O Parlamento iraniano, dominado pelos conservadores, mostrou anteriormente estar pronto para obrigar o governo a agir contra o que vê como uma hostilidade do Ocidente, e o analista de petróleo Samuel Ciszuk disse que era provável que a assembleia aprovasse o embargo à UE.

Mas a perda repentina de um cliente tão importante também criaria problemas para o Irã, e poderia forçar a República Islâmica a dar descontos a outros compradores a fim de exportar o excesso da produção.

REUTERS MTS

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