
BRASÍLIA, 20 Abr (Reuters) – A assinatura dos contratos de concessão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília, que foram a leilão em 6 de fevereiro, acontecerá em 25 de maio, afirmou nesta sexta-feira o presidente da Infraero, Gustavo do Vale.
“Pelos nossos cálculos, está prevista para 25 de maio”, disse Vale a jornalistas.
A estatal que administra alguns dos principais aeroportos brasileiros reafirmou que ficará por um prazo de seis meses atuando na operação dos aeroportos concedidos, período que poderá ser prorrogado por outros seis meses a critério do concessionário.
Nos três primeiros meses, funcionários da Infraero atuarão assessorados por empregados dos operadores. Nos três meses restantes, esta ordem será invertida.
A Infraero ainda está analisando a formação do conselho de administração dos consórcios. A única proposta, feita pelo concessionário de Viracopos, sugere nove integrantes, sendo cinco da empresa, três da estatal e um dos funcionários.
Para o aeroporto de Guarulhos (SP) foi habilitado como vencedor o consórcio Invepar-Acsa, formado pela brasileira Invepar e a sul-africana Airports Company South Africa (Acsa). O grupo surpreendeu a fazer uma oferta de 16,2 bilhões de reais pelo terminal, valor quase cinco vezes superior ao preço mínimo estipulado pelo governo.
Para o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), o consórcio Aeroportos Brasil, formado por Triunfo Participações, UTC Participações e Egis Airport Operational foi habilitado. O grupo ofereceu 3,8 bilhões de reais, com ágio de 160 por cento.
Já para Brasília a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) habilitou o consórcio Inframérica Aeroportos, formado pela Infravix Participações e Corporación América, que venceu a disputa com uma proposta de 4,5 bilhões de reais. Este foi o único aeroporto em que houve disputa viva-voz no leilão realizado em 6 de fevereiro.
No total, os vencedores do leilão e a Infraero, que terá 49 por cento das Sociedades de Propósito Específico (SPEs) que serão criadas para gerir os aeroportos, desembolsarão 24,5 bilhões de reais para ficar com três dos maiores aeroportos brasileiros.
(Reportagem de Hugo Bachega)