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Ascensão do dólar repete escalada do segundo mandato de Dilma

Moeda americana encerrou a sexta cotada a R$ 4,515 — avanço no mês foi de 4,56%, o mais alto para um fevereiro desde 2015

Por Felipe Mendes Atualizado em 28 fev 2020, 19h29 - Publicado em 28 fev 2020, 19h20

O dólar registrou um novo recorde nominal para fechamento nesta sexta-feira, 28. A apreciação da moeda americana em relação ao real para o dia foi de 0,13%, para 4,481 reais na venda. Durante o pregão, a moeda chegou a bater 4,515 reais. A disseminação do novo coronavírus (Covid-19) — enfermidade presente em 52 países — está pressionando bolsas de valores mundo afora e as moedas de países emergentes. O Brasil, por sua vez, é um dos que mais tem sofrido com isso. Em fevereiro, a cotação do dólar saltou 4,56% em relação ao real — é a maior alta para o mês desde 2015, quando a moeda americana avançou 6,19% sobre a brasileira, ainda no início do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.

Apesar do avanço para o mês ter sido estarrecedor, a ascensão não superou a vista em janeiro. No primeiro mês de 2020, o dólar escalou 6,8%. Em 2020, até o momento, a moeda americana já se valorizou 11,67%. Dentre 33 moedas rivais, só o rand sul-africano depreciou-se mais em relação ao dólar no período (12%).

Para Mauriciano Cavalcante, diretor de operações de câmbio da Ourominas, existe um clima de pessimismo no cenário doméstico devido à morosidade com que tramitam as reformas administrativa e tributária no congresso. “Existe uma crise entre os três poderes no Brasil. É o que está fazendo, inclusive, com que o dólar alcance patamares nunca vistos antes, levando o Banco Central a fazer leilões progressivamente para conter as incertezas”, disse.

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Bolsa

Nem tudo são mágoas no pós-carnaval, no entanto. O Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3, viveu um dia de suspiro após cair abaixo dos 100.000 pontos durante o pregão. O índice deu a chamada “puxeta” no fim do dia e encerrou a sexta-feira, 28, cotado a 104.171 pontos, valorização de 1,15% sobre o dia anterior. Foi beneficiado, em suma, pela sensação de otimismo vinda das palavras do presidente do conselho do Federal Reserve (Fed), que veio a público dizer que o banco central dos Estados Unidos está pronto para proteger a economia americana.

Powell afirmou que a economia dos EUA permanece em condição sólida, embora o surto de coronavírus represente um risco, e que o banco central agirá como apropriado para fornecer apoio. O comentário reforçou expectativa de retomada de cortes de juros pelo Fed, o que pode aliviar as condições financeiras globais e liberar dinheiro que potencialmente migrará para mercados emergentes, como o Brasil, melhorando o fluxo cambial e reduzindo a demanda por dólar.

(com Reuters)

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