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Artilharia pesada dos BCs emergentes não acalma mercado

Moedas da Turquia e da África do Sul voltaram a cair; dólar se aproximou de 2,45 reais

Por Da Redação
29 jan 2014, 18h58

Os bancos centrais de vários países emergentes recorreram à artilharia pesada para conter a queda de suas moedas, mas a calma durou pouco e as divisas continuam à mercê da decisão de política monetária do Federal Reserve, o BC americano, que decidiu por reduzir em 10 bilhões de dólares os estímulos mensais injetados na economia.

Preocupados com certos problemas sociais e antecipando um endurecimento da política monetária norte-americana, os investidores abandonaram em massa os países emergentes, provocando uma queda de suas divisas.

Antes do anúncio do Fed, os bancos centrais de alguns países emergentes passaram à ação para tentar sustentar suas moedas e frear a fuga de capitais, mas tiveram um limitado sucesso.

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Após uma reunião de urgência, o Banco Central turco anunciou na terça-feira à noite, contra a opinião do governo, um forte aumento de juros para tentar frear a contínua queda de sua moeda frente ao euro e ao dólar. Uma “alta de taxas gigantesca e audaz”, observou Anita Paluch, analista da Varengold, que “permitiu acalmar um pouco a preocupação e reduzir a demanda de ativos mais seguros”, como o dólar e o iene.

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O Banco Central da África do Sul também subiu nesta quarta-feira suas taxas de juros, embora em menor proporção – de 5 a 5,5% para sua taxa básica -, e o da Índia fez o mesmo um dia antes, subindo os juros para 8% ao ano.

No Brasil, o dólar fechou em alta nesta quarta-feira pelo terceiro dia seguido, a caminho do patamar de 2,45 reais, com investidores testando até que ponto o BC brasileiro permitirá o fortalecimento da divisa norte-americana.

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O dólar avançou 0,30%, a 2,4338 reais na venda, mas chegou a bater 2,4509 reais na máxima do dia, com alta de pouco mais de 1%. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,5 bilhão de dólares. O patamar de 2,45 reais não era atingido no intradia desde agosto do ano passado.

Um breve respiro – O impacto dessas medidas durou pouco. Nesta quarta-feira, a lira turca perdeu no meio do dia todo o aumento que registrou após o anúncio das taxas de juros. O rublo russo caiu a um nível historicamente baixo frente ao euro e o rand sul-africano perdeu 3% muito pouco depois do anúncio de seu banco central. “A África do Sul devia seguir” os outros países emergentes, mas o fez “sem entusiasmo e os mercados não acreditaram”, disse Fawad Razaqzada, analista da Forex.com.

“É preciso reconhecer os bancos centrais que realizaram um contra-ataque (…), mas é pouco provável que suas medidas tenham um efeito a longo prazo” porque não se ocupam dos problemas estruturais que afetam suas economias, alertou Kathleen Brooks, analista de Forex.com.

Segundo reportagem do jornal britânico Financial Times, investidores deixaram claro nesta quarta que querem ver atuação mais agressiva dos bancos centrais antes de recuperar o apetite pelas economias emergentes. “É possível que investidores temam que os bancos centrais dos emergentes tenham dado sua última cartada e não estejam mais aptos a um aperto monetário maior”, afirmou ao FT economista do Citibank, Steve Englander.

(Com Agência France-Presse)

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