Apple faz grande corte em seus recrutadores para reduzir ritmo de expansão
A companhia mais valiosa do mundo fez uma demissão em massa; com inflação e juros alto, empresa faz cálculos para corte de gastos
A inflação, a elevação de juros nos Estados Unidos e temores de uma recessão global estão esmagando o desempenho das empresas de tecnologia, entre elas a gigante Apple. A companhia faz um grande corte de postos de trabalho para conter gastos, um movimento raro na empresa mais valiosa do mundo.
Cerca de 100 funcionário foram demitidos na estratégia de contenção de gastos, segundo reportagem da Bloomberg. O corte focou no setor de recrutamento da empresa e sinaliza uma estratégia de desaceleração em novas contratações daqui em diante. Mas a Apple não é a única nesse movimento. Nos últimos meses, grandes empresas de tecnologia e startups bilionárias fizeram cortes em seus quadros de trabalhadores devido ao momento contracionista na economia do país.
Os Estados Unidos enfrentam uma inflação de 8,5% e uma política de elevação nos juros que começou em março, com expectativas de encerrar o ano na faixa terminal de 3% a 3,5%. Com juros mais altos, o dinheiro fica mais escasso para essas empresas consideradas de alto crescimento, que necessitam de caixa para financiar seus negócios.
As ações da Apple acumulam queda de 2,47% e negociam em baixa na manhã desta terça-feira. A companhia comunicou que as demissões estão “em conformidade com uma redução no ritmo de novas contratações”, decisão que foi alertada no mês passado pelo CEO Tim Cook sobre a intenção de desacelerar o ritmo de contratações. “Continuaremos a contratar pessoas e investir em áreas, mas estamos sendo mais deliberados em fazê-lo, em reconhecimento às realidades do ambiente atual”, disse Cook, em videoconferência de apresentação dos resultados da Apple.