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Após Refis, parcelamentos de dívidas tributárias caíram 98,3%

As renegociações de dívidas de contribuintes com a União somaram 389 milhões de reais em janeiro, queda de 98,3% em relação aos 21,786 bilhões de reais arrecadados em dezembro do ano passado

Por Da Redação
4 mar 2014, 17h56

Um dos principais fatores a impulsionar a arrecadação federal no fim do ano passado, os parcelamentos de dívidas tributárias estão rendendo bem menos ao governo neste ano, aponta levantamento da Agência Brasil. Segundo a Receita Federal, as renegociações de dívidas de contribuintes com a União somaram 389 milhões de reais em janeiro, queda de 98,3% em relação aos 21,786 bilhões de reais arrecadados em dezembro do ano passado.

A maior queda foi observada nos parcelamentos para instituições financeiras e multinacionais, que refinanciaram o pagamento de tributos atrasados, o chamado Refis. Essas renegociações, que reforçaram o caixa do governo em 20,363 bilhões de reais no último trimestre de 2013, renderam apenas 99 milhões de reais à União em janeiro – redução de 99,5%.

Em relação à reabertura do Refis da Crise, parcelamento criado em 2009 que teve novo prazo de adesão entre 21 de novembro e 30 de dezembro, o governo arrecadou 245 milhões de reais em janeiro, contra 1,247 bilhão de reais registrados no fim do ano passado. Nessa modalidade, a queda da arrecadação correspondeu a 80,3%.

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No caso dos parcelamentos para grandes empresas, as próprias regras de renegociação explicam a queda nos valores arrecadados. Para aderirem ao refinanciamento, os bancos, as seguradoras e as multinacionais tiveram de quitar 20% da dívida à vista, segundo informações da Agência Brasil. O restante foi parcelado em até 180 meses (15 anos), com isenção de multas e desconto nos juros.

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O sistema de renegociação resultou em pagamentos bilionários para aderir ao refinanciamento. Somente a mineradora Vale, que questionava a tributação de lucros de unidades e subsidiárias no exterior, desembolsou cerca de 6 bilhões de reais no fim de novembro.

O Refis teve papel decisivo para ajudar o governo a fazer um superávit primário de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Sem espaço para executar mais manobras de contabilidade criativa com o objetivo de atingir a meta, só restou ao governo a opção de lançar mão de receitas extraordinárias, como o Refis. Tais fontes de recursos, contudo, são limitadas e não servem para aumentar a arrecadação todos os anos.

Inadimplência – No Refis da Crise, no entanto, a inadimplência está por trás da maior parte da queda da arrecadação. Como o valor das prestações é constante e definido no momento da adesão, muitas empresas quitaram apenas a primeira parcela, obtiveram a Certidão Negativa de Débitos (CND) e desistiram de pagar as parcelas restantes.

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Esse comportamento havia sido observado pela Receita. No primeiro Refis da Crise, em 2009, dois terços dos contribuintes foram excluídos por falta de pagamento. Apesar disso, o Congresso Nacional discute uma nova reabertura do prazo do Refis da Crise, por meio de uma emenda incluída na Medida Provisória nº 627.

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