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Após máxima histórica, Ibovespa pavimenta caminho para novos recordes

Possibilidade de corte de juros nos EUA alivia o Brasil, reforçando a busca dos investidores locais por ações e reduzindo a chance de alta da Selic

Por Juliana Machado Atualizado em 20 ago 2024, 08h11 - Publicado em 20 ago 2024, 08h09

Se há algumas semanas o medo de uma recessão nos Estados Unidos devastava o bom humor dos investidores, agora os ventos parecem ter mudado de direção. Ainda que indicadores econômicos americanos continuem no radar do mercado, que acompanha de perto a sua evolução, a aposta em corte de juros na maior economia do mundo volta a amparar a alta da bolsa e a queda do dólar, a ponto de colocar o Ibovespa no seu maior nível histórico.

Na segunda-feira, 19m, o principal índice da B3 encerrou o dia em alta de 1,4%, aos 135.777,98 pontos, novo recorde. Durante a sessão, o Ibovespa já caminhava para um desempenho forte no dia, ao romper também o recorde intradiário, chegando em 136.779 pontos. O dólar, por sua vez, encerrou em queda de 1,12%, a 5,41 reais. O índice dólar DXY, que mede o retorno da divisa americana contra uma cesta de moedas, cede 0,57% hoje, em linha com a procura dos investidores por ativos de maior risco no mundo.

Bastante sensível a notícias sobre a economia dos Estados Unidos, o mercado saiu de um ponto de maior convicção de que haveria uma recessão severa no país para a leitura mais moderada de que haverá uma contração, porém mais leve. Isso dá mais confiança de que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, comece a cortar juros em breve – o que reforça o reposicionamento de fundos globais em bolsas e moedas emergentes, à procura de maiores retornos.

Boa parte dos analistas e gestores passaram a confiar que, daqui para frente, as chances de o Ibovespa seguir rompendo recordes voltaram a ser significativas. “O mercado precifica 73% de chance de corte de 25 pontos-base na próxima reunião [do Fed]”, afirma Paula Zogbi, gerente de conteúdo e pesquisa da Nomad. “O cenário de ‘céu de brigadeiro’, com queda da inflação e economia saudável, sem recessão, voltou a ser a maior aposta do mercado.”

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O corte de juros nos Estados Unidos acaba trazendo alívio para o Brasil porque, além de reforçar a procura do investidor local por ações, limita a probabilidade de alta de juros por aqui no curto prazo, dando impulso aos papéis listados, que são precificados considerando uma taxa de desconto menor. “Acredito que o corte de juros nos Estados Unidos pode diminuir o cenário de alta da Selic e também diminuir a curva de juros brasileira”, afirma Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.

No Brasil, as preocupações com a agenda fiscal permanecem no pano de fundo para os investidores, que não estão totalmente convencidos da capacidade do governo de organizar a arrecadação e os gastos na mesma proporção. O mercado, porém, aproveita um rol de boas notícias para se ajustar, como no caso dos balanços das companhias de capital aberto, que vieram, em linhas gerais, bastante satisfatórios.

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