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Após liberar vendas, Anatel diz que suspensão foi recado às operadoras

João Rezende, presidente da agência reguladora, afirma que empresas precisam compatibilizar aumento da carteira de clientes com expansão da rede

Por Da Redação
2 ago 2012, 18h00

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou oficialmente nesta tarde, em Brasília, a liberação das vendas de planos de telefonia celular da TIM, Oi e Claro, como havia antecipado a coluna Radar On-Line. A revogação da suspensão entra em vigor nesta sexta-feira. O presidente do órgão regulador, João Rezende, afirmou que a proibição da comercialização de chips – medida adotada há 11 dias – foi um recado claro às empresas sobre a necessidade de compatibilizar o aumento da carteira de clientes com a expansão da rede.

Radar On-line: Liberada a venda

Em 18 de julho, TIM, Oi e Claro foram proibidas de vender novos pacotes de celular no país. A operadora de capital italiano, principal atingida pela decisão, ficou impedida de vender linhas em 19 unidades da federação: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins. A Oi foi punida nos estados do Amazonas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Roraima e no Rio Grande do Sul. No caso da Claro, a medida afetou Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Vivo, CTBC e Sercomtel não receberam qualquer tipo de sanção

Atendimento – O superintendente de Serviços Privados da Anatel, Bruno Ramos, afirmou que as empresas de telefonia celular têm capacidade para receber novos usuários. Na avaliação dele, a medida do órgão foi uma ação preventiva, uma vez que os indicadores de qualidade mostravam que os clientes poderiam ter prejuízos maiores no médio prazo. “Por isso pedimos um plano de dois anos e não apenas para o curto prazo.” No dia em que a decisão da agência veio a público, o site de VEJA apurou que, além da preocupação com a qualidade do serviço, o temor do Palácio do Planalto de um apagão no setor fez com que o governo agisse de forma antecipada.

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Fiscalização – O conselho diretor da Anatel aprovou mudanças em seu regulamento de fiscalização para garantir maior eficiência na prestação deste serviço. “Hoje temos condições para acompanhar gargalos das redes, mas o novo sistema vai melhorar nossas práticas e tecnologias, possibilitando ações mais rápidas”, disse Rezende.

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Entre as inovações do regulamento está a possibilidade de o órgão usar o acesso on-line a sistemas, aplicativos e facilidades tecnológicas das prestadoras para obter informações para fins de fiscalização. “Uma comissão formada pelas superintendências da Anatel discutirá a implementação do modo de fiscalização on-line”, diz a Anatel em nota distribuída à imprensa.

Para fortalecer a estrutura e a fiscalização, a agência conta, segundo Rezende, com o investimento de 170 milhões de reais na aquisição de equipamentos e no reforço das equipes até 2014. Desse total, 40 milhões de reais serão investidos ainda neste ano e 100 milhões de reais devem ser aplicados em 2013.

Melhoria do atendimento – O presidente Anatel afirmou também que a melhoria no atendimento aos clientes de telefonia celular por meio de call center poderá ser sentida em 30 dias. Segundo ele, trata-se de uma questão de gestão e competência das empresas. “No caso do call center, é possível resolver no curtíssimo prazo”, afirmou.

Rezende disse ainda que o serviço telefônico oferecido aos usuários deve começar a melhorar em um período de quatro a seis meses. “Vamos acompanhar a qualidade diariamente, e não só daqui a três meses. Evidente que vamos ‘apertar o parafuso’ trimestralmente, caso as empresas não estejam evoluindo em seus compromissos estabelecidos com a agência”, afirmou.

Ramos acrescentou que a perspectiva é de reversão na piora dos indicadores e de aumento de reclamações até a chegada de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014. “Esperamos que a tendência de reclamações comece a se inverter a partir de amanhã.”

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(com Agência Estado)

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