Após fracasso, Dilma vai reavaliar concessões de rodovias
Leilão para privatizar BR-262 terminou sem interessados - e os próximos correm risco de terminar da mesma forma. Para evitar quadro, o governo promete agir

Após o fracasso do primeiro leilão para privatização de rodovias federais, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que o governo está fazendo uma grande reavaliação das concessões – e que fará uma avaliação específica para cada estrada. Na sexta-feira, o leilão pela concessão da rodovia BR-262 (ES/MG) terminou sem nenhum interessado.
Leia na coluna Radar: Leilões de ferrovias, um novo mico à vista
As privatizações no setor de infraestrutura logística, que também envolvem ferrovias, portos e aeroportos, são a grande aposta do governo da presidente Dilma para acelerar a economia, que tem crescido abaixo das expectativas.
Rodrigo Constantino: A culpa pelo fracasso é do governo
Em entrevista a rádios do Rio Grande do Sul, Dilma negou que o governo pretenda dar início a “concessões fatiadas”. “Nós queremos fazer concessão com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) adequada e tarifa adequada. Para cada estrada vamos fazer uma avaliação específica, não é concessão fatiada”, disse. “Ninguém pode querer concessão sem pagar pedágio. Não existe, é conto de fada. Se tiver concessão vai pagar pedágio. Ninguém pode querer uma concessão baixinha e uma remuneração elevadíssima. O governo federal está se reservando o direito de analisar uma a uma essas estradas”, completou.
Dilma comentou que, quando não for possível conciliar o desejo dos empresários em relação à Taxa Interna de Retorno e o da população, o governo fará obras públicas. “De um lado, o empresário quer uma TIR mais alta possível, de outro a população quer o pedágio mais baixo possível. Quando for prático, concreto, efetivo unir as duas coisas, vamos unir. Quando não der para unir, vamos fazer obra pública.” Ela afirmou que é “absolutamente natural” que o empresário tenha remuneração.
Segundo ela, as rodovias privatizadas antes de 2003 previam apenas a administração das rodovias, mas não estava prevista a duplicação. “Como nós respeitamos contratos, esses contratos agora vão findar”, disse, afirmando que agora serão feitas as duplicações necessárias. Como informa a coluna Radar, de Lauro Jardim, um dos tópicos que mais assustam os investidores é a obrigação de o consórcio vencedor ter que duplicar a rodovia num prazo de cinco anos. Justamente por isso, se o governo não se mexer, os próximos leilões devem ter o mesmo destino do primeiro: o fracasso.
(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)
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