Após dois meses de expansão, ‘prévia do PIB’ recua 0,16% em julho, diz BC
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve alta de 1,31%; no acumulado do ano, índice soma expansão de 0,78%
Após dois meses de alta, a economia do país recuou 0,16% em julho ante junho, segundo consta no Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia do PIB“, divulgado nesta sexta-feira, 13, pelo Banco Central. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o resultado foi 1,31% maior.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. O índice oficial, entretanto, é o Produto Interno Bruto (PIB), divulgado trimestralmente e calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado negativo vem após dois meses de desempenho positivo. Em maio, o índice subiu 1,16% e em junho, 0,34%.
A taxa trimestral, referente ao período encerrado em julho, teve alta de 0,91% frente ao período encerrado em abril e de 1,54% ante igual período do ano anterior. No acumulado do ano, a economia brasileira cresceu 0,78% com relação ao mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, o desempenho foi de 1,07%.
No anúncio anterior feito pelo Banco Central, foi previsto um recuo de 0,13% da economia brasileira no segundo trimestre frente aos três primeiros meses do ano. O resultado, se fosse concretizado, representaria a entrada do país em uma recessão técnica — dois trimestres seguidos de queda. No entanto, o dado oficial divulgado pelo IBGE veio com expansão de 0,4% no Produto Interno Bruto do país.
A estimativa do governo é que o PIB do país seja de 0,85%, em 2019. Já no mais recente Boletim Focus (BC), divulgado semanalmente pelo BC, os economistas do mercado financeiro consultados pela instituição projetaram crescimento de 0,87% no ano.