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Após crescer em 2011, exportação de minério deve cair em 2012

Por Da Redação
3 jan 2012, 18h22

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) – Os embarques de minério de ferro do Brasil, principal produto da pauta de exportações do país, devem cair este ano por conta da crise financeira na Europa, após subirem 6,4 por cento em volume em 2011 na comparação com 2010.

Dados do governo compilados pela Reuters apontam que as exportações de minério de ferro somaram 330,7 milhões de toneladas no ano passado, contra 310,8 milhões de toneladas em 2010. Mas este ano devem ficar em 320 milhões de toneladas, segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

“Mesmo que a China (maior importador global) não deixe de comprar, entendemos que a Europa vai reduzir claramente, ela não tem alternativa”, disse à Reuters José Augusto de Castro, presidente em exercício da AEB.

Com preços maiores no ano passado na comparação com o ano anterior, as exportações de minério do Brasil em 2011 subiram em receita bem mais do que em volume, ou 44,6 por cento, para 41,8 bilhões de dólares (16,3 por cento das exportações totais do Brasil), segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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Mas, com a queda de volume esperada e uma redução maior nos preços, após recordes em 2011, a queda nas exportações em receita pode ser acentuada em 2012.

A AEB projeta um preço médio de exportação de minério em 2012 de 105 dólares por tonelada, contra cerca de 128 dólares em 2011.

“Projetamos uma queda. Claro que se a crise se agravar, o cenário pode mudar, hoje o que podemos vislumbrar é uma pequena queda na quantidade e uma queda maior em termos de preço”, disse Castro.

A AEB projeta receita com as exportações de minério em 33,6 bilhões de dólares em 2012.

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Uma eventual desaceleração na China também preocupa -na segunda-feira, o BTG Pactual retirou a ação ordinária da Vale (maior produtora de minério de ferro do mundo) de sua lista de recomendação para janeiro, citando preocupações com a economia chinesa.

Mas é a Europa que preocupa mais os especialistas ouvidos pela Reuters.

O desempenho em 2012 vai “depender da Europa, se vai conseguir implementar o pacote de austeridade fiscal, da Grécia conseguir honrar tudo para não sair da zona euro, criando nebulosidade dos mercados”, disse Pedro Galdi, analista de investimentos da SLW Corretora.

Para ele, a perspectiva com a economia europeia é uma “grande interrogação”. “Se a crise se acentuar na Europa, a China vai comprar menos e vai vender menos”, comentou, acrescentando que o início de 2012 será de incertezas.

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