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Após auditoria, Petrobras reduz contrato com Odebrecht

Análise de órgão interno da estatal contestou acordo firmado com a construtora, o que provocou redução de 43% no valor original do contrato

Por Da Redação
3 jun 2013, 12h45

Uma auditoria interna da Petrobras contestou contrato da petroleira com o grupo Odebrecht em torno de 840 milhões de dólares para serviços em dez países. Depois de análise do órgão interno, que atua com independência, o montante a ser pago foi reduzido em 43% do valor original, a cerca de 480 milhões de dólares.

O acordo inclui trabalhos de manutenção na refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos), onde a Petrobras é investigada por ter firmado um contrato com falhas e comprado a unidade por preço acima do de mercado.

O contrato foi tema de pauta em reunião de conselho de administração da companhia realizada há pouco mais de dois meses. A presidente da estatal, Graça Foster, fez questão de relatar o caso aos outros nove administradores da estatal, no conselho presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Em seu relato ao conselho, Graça Foster não comentou que estavam incluídos no contrato trabalhos na refinaria de Pasadena. O serviço foi contratado durante a gestão de seu antecessor, José Sérgio Gabrielli.

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Apenas 400 milhões de dólares foram inicialmente destinados para a Odebrecht. Restaram em torno de 80 milhões de dólares a serem pagos pela Petrobras. Graça disse, na reunião, que o montante só seria desembolsado caso empresas locais oferecessem preços mais altos pelos trabalhos acordados inicialmente com a Odebrecht. Todos os valores são aproximados.

O acordo foi feito com Odebrecht Engenharia Industrial, braço da construtora responsável por obras industriais da empresa no Brasil e no exterior, em áreas como petróleo, mineração, petroquímica e metalurgia. A empresa é responsável pelo contrato de prestação de serviços para a área de Negócios Internacionais da Petrobras, dentro do plano de ação de certificação em segurança, meio ambiente e saúde, denominado Projeto PAC SMS. O contrato guarda-chuva contempla vários países e, em 2011, foi ampliado para incluir serviços específicos em Pasadena.

Procurada, a Odebrecht não quis comentar. A Petrobras também não se manifestou oficialmente. A petroleira não informou o motivo da redução dos valores, nem por que o contrato foi revisto. Tampouco detalhou os serviços e países envolvidos.

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Segundo apuração da Agência Estado, o contrato revisto do Projeto PAC SMS inclui, além dos Estados Unidos, nove países que têm refinarias e estações de serviços da Petrobras. São eles Argentina, Japão, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Chile, Equador, Bolívia e Brasil. Segundo uma fonte, o acordo foi reduzido quase à metade por ter sido considerado caro demais para os serviços oferecidos.

As obras são conduzidas em parceria com a Foz do Brasil, empresa do grupo Odebrecht para projetos ambientais. Conta com 26,53% de participação acionária do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).

O contrato suplementar para Pasadena foi firmado para recuperação, construção, montagem e elaboração de estudos e diagnósticos das áreas de SMS. Também inclui colocação de equipamentos e realização de serviços para contingência e combate a incêndios.

(com Estadão Conteúdo)

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