Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Após anunciar energia mais barata, Planalto já pensa em reajustar a gasolina

Ideia, em estudo na Fazenda, é que a redução das tarifas do setor elétrico anule o impacto na inflação do aumento dos combustíveis na bomba

Por Da Redação
10 set 2012, 11h02

A equipe econômica da presidente Dilma Rousseff estuda aproveitar a oportunidade da queda do preço da energia elétrica em 2013, que deverá trazer alívio à inflação, para aprovar o primeiro reajuste nos preços da gasolina na bomba em quase oito anos. A proposta, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira, está em estudo no Ministério da Fazenda. A divulgação oficial de todas as medias arquitetadas pelo governo para o setor elétrico será nesta terça-feira, conforme adiantado pela própria presidente em seu pronunciamento na véspera do Dia da Independência.

Leia mais:

Mercado eleva projeção da inflação de 2012

Combustível no Brasil está 27% mais barato do que nos EUA

Continua após a publicidade

Petrobras – O objetivo do governo por trás de um eventual reajuste da gasolina é conter as perdas crescentes da Petrobras com compras de combustível importado, cujo valor, mais caro, não tem sido repassado ao consumidor por determinação do Palácio do Planalto. A desvalorização do real ante o dólar e o volume cada vez maior de aquisição de gasolina no exterior fizeram com que a estatal registrasse prejuízo de 1,3 bilhão de dólares no segundo trimestre – o primeiro para o período em 13 anos. De janeiro a julho deste ano, a empresa importou mais de 6 bilhões de dólares em combustíveis, 417% a mais que em 2011. Diante deste quadro, a avaliação no governo é que a diminuição da defasagem (diferencial de preço) entre o produto importado e o nacional é urgente.

No fim de junho, o governo autorizou a Petrobras a aumentar o preço da gasolina em 7,4%, mas essa elevação não chegou ao cliente final porque o governo levou a alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) – um tributo sobre o combustível – a zero. Como não há mais como baixar a Cide, ou o governo reduz outro tributo ou o aumento vai parar na bomba, pressionando a inflação. A decisão de cobrar do consumidor um aumento no custo da gasolina tem sido adiada pelo governo. Até agora, preferiu-se cortar a Cide para evitar que a elevação na refinaria contaminasse o valor cobrado nos postos. O problema é que esse espaço acabou – e é nesse ponto que a redução da conta de luz poderia ajudar.

Nos últimos anos, a elevação dos preços da gasolina nos postos foi sentida pelo consumidor graças, sobretudo, à alta dos custos do álcool, tendo em vista que as usinas – devido ao baixo investimento nas lavouras de cana-de-açúcar e ao desvio de parte da colheita para produção do alimento – têm encontrado dificuldade para atender à crescente demanda doméstica.

Continua após a publicidade

Energia elétrica – Em 6 de setembro, a presidente Dilma afirmou que, a partir de janeiro do ano que vem, o preço da energia elétrica ficará 16,2% mais barato aos consumidores residenciais e quase um terço (28%) para a indústria. Analistas do mercado calculam que o impacto dessa medida na inflação pode variar de 0,1 a 0,5 ponto porcentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA. A queda dos preços da energia será obtida na renovação dos contratos de concessão, que começam a vencer em 2015.

O aumento do preço da gasolina, caso seja autorizado pela presidente Dilma Rousseff, não deve ser anunciado neste ano, uma vez que o governo não quer pressionar o IPCA de 2012.

Desoneração – Ainda segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o governo também deve anunciar nesta terça a ampliação da medida de desoneração da folha de pagamentos, que hoje alcança 15 setores da economia. Até o fim do mês, o benefício deve ser estendido para mais seis setores.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.