Após alta da Selic, comércio reduz previsão de expansão
CNDL prevê crescimento de 4,5% ao ano, ante estimativa de 5% divulgada anteriormente
A CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) decidiram revisar para baixo as estimativas de crescimento do varejo para este ano, após o Banco Central (BC) anunciar o aumento da taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual, passando a Selic de 8% para 8,5% ao ano.
Segundo nota enviada à imprensa na noite desta quarta-feira, a expectativa das entidades é de que haja uma desaceleração no volume de vendas no comércio e que o setor encerre o ano com um crescimento real de 4,5%. Antes do anúncio de elevação da Selic, a previsão era de 5%.
Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o controle da inflação precisa ser feito inicialmente por meio de arrocho dos gastos públicos e só depois por meio do aumento da taxa básica de juros. “Neste momento, o governo brasileiro deveria fazer um sacrifício político e enxugar as despesas públicas para controlar a inflação. Aumentar os juros é um remédio que deve ser usado somente em último caso, porque reduz o consumo, diminui os investimentos e piora a situação das famílias endividadas”, disse Pellizzaro Junior.
(Com Estadão Conteúdo)