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Apesar de alívio no preço dos alimentos, inflação permanece alta, admite BC

Segundo o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, inflação baixa é condição para crescimento sustentado

Por Da Redação
7 ago 2014, 12h39

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, admitiu nesta quinta-feira que, apesar de a inflação estar pressionando menos agora, ela ainda permanece em níveis altos no acumulado de 12 meses. Durante apresentação do Boletim Regional do Banco Central, no Rio de Janeiro, ele comentou que “houve reversão de pressões de preços identificadas no segmento de alimentos no primeiro trimestre, mas a inflação permaneceu elevada”.

Segundo Hamilton, a inflação baixa é condição para crescimento sustentado, enquanto a inflação elevada reduz emprego, renda e consumo e concentra renda. “O caminho para o crescimento e a prosperidade passa pela inflação baixa”, disse.

Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,40%, acumulando alta de 6,52% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o indicador de inflação estoura o teto da meta oficial do governo, de 6,5%. Inflação alta e baixo crescimento econômico têm abalado a confiança na economia e contribuído para quedas na popularidade da presidente Dilma Rousseff, que busca a reeleição em outubro. A próxima medição do IPCA, referente a julho, será divulgada nesta sexta-feira.

“Mesmo no cenário de mercado que contempla uma desvalorização do câmbio, nós antecipamos a inflação convergindo (para a meta)”, insistiu. Hamilton citou o último Relatório Trimestral de Inflação onde, pelo cenário de mercado, o BC vê o IPCA perdendo força. Neste caso, o dólar médio é esperado em 2,39 reais no final deste ano e 2,48 reais em 2015. Nas últimas semanas, o dólar mostrou valorização no mercado brasileiro, aproximando-se de 2,30 reais e deixando para trás uma banda informal vista pelo mercado de 2,20 a 2,25 reais que prevaleceu desde abril passado, com alguns poucos períodos de exceção.

O diretor repetiu ainda que parte dos efeitos da elevação da Selic ainda está para aparecer nos preços e disse que, “se o ajuste monetário é satisfatório ou insuficiente para combater as pressões inflacionárias, é uma avaliação que o Copom vai fazer”.Em seguida, lembrou que no cenário do BC não é contemplada a redução do instrumento de política monetária.

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Com relação ao ritmo de expansão da atividade econômica, Hamilton disse que ele tende a ser menos intenso em 2014 se comparado a 2013, abaixo do crescimento potencial. Ainda segundo o diretor do BC, o crescimento do crédito será mais próximo do aumento da renda disponível das famílias e é esperada mais adiante uma moderação dos ganhos salariais.

No cenário prospectivo do BC, o déficit nas transações correntes tende a continuar, como nos últimos anos, sendo financiado essencialmente com entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED). “É esperada expansão moderada na concessão de crédito”, disse.

Transparência – O diretor do BC citou ainda a transparência como um dos pilares das ações do BC e do regime de metas de inflação. “Temos zelo especial por nossa comunicação com o cidadão”. Ele destacou ainda que “são muitos os veículos de comunicação do banco com a sociedade”. Ressaltou os comunicados e as atas das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), os relatórios e notas do Departamento Econômico e depoimentos do presidente do Banco Central no Congresso e entrevistas à imprensa como exemplos de veículos.

(Com Estadão Conteúdo)

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