Anvisa confirma pelo de roedores em lote de ketchup Heinz
Denúncia havia sido feita em fevereiro deste ano pela Proteste; só nesta sexta agência determinou retirada do lote das gôndolas
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Da Redação
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16 ago 2013, 20h22
Ketchup Heinz (Divulgação/VEJA)
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) confirmou que detectou a a presença de pelos de roedores em embalagens do ketchup da marca Heinz, adquirida em fevereiro pela 3G Capital, do brasileiro Jorge Paulo Lemann, e pelo Berkshire Hathaway, empresa de investimentos do megainvestidor Warren Buffett.
A denúncia de que pelos de animais roedores haviam sido encontrados dentro de embalagens do produto foi feita pela Associação de Consumidores Proteste, em fevereiro deste ano. À época, a agência não retirou o produto das gôndolas por avaliar que os testes não haviam sido feitos em laboratórios oficiais.
Amostras foram enviadas pela Anvisa ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, onde foram detectados os vestígios de pelos. A agência determinou que o lote 2K04 do produto, cuja validade é janeiro de 2014, seja retirado imediatamente de todas as lojas.
A Anvisa pede que os clientes que compraram o lote com problemas descartem o produto. A agência informou ainda que as empresas varejistas que continuarem a vender o lote poderão ser multadas.
Segundo a Proteste, o problema foi detectado no final de 2012 no lote 2C30, em embalagens compradas em São Bernardo do Campo, em São Paulo. A associação disse, à época, que os testes apontaram que o alimento era impróprio para o consumo e evidenciava problemas de higiene e falta de cuidados em sua fabricação ou acondicionamento.
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1. Leite adulterado
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(Henrique Siqueira/Agência RBS/VEJA)
Em maio de 2013, o Ministério da Justiça e o Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagraram uma operação que adulterava o leite produzido pelas companhias Italac, Mumu, Líder e Latvida. Investigações confirmaram que as empresas transportadoras acrescentavam formol no lotes durante o processo de transporte do leite cru, antes mesmo de ele ser envasado. A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (SENACON/MJ) notificou as empresas a prestarem esclarecimentos após as investigações.
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2. Carne mascarada
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(Darren Staples/Reuters/VEJA)
No início de maio, a polícia chinesa desmantelou uma quadrilha que comercializava carne de rato como carne de boi ou de carneiro. Desde o começo do ano, cerca de 900 suspeitos já haviam sido presos por venderem carnes falsificadas ou contaminadas. Descobriu-se que um dos criminosos usava aditivos para temperar e vender carnes de rato e raposa como se fossem bovinas e de carneiro. Investigações constataram que a quadrilha acumulou mais de 10 milhões de yuans (1,6 milhão de dólares) com a prática desde 2009.
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3. Suco explosivo
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(Divulgação/VEJA) A marca de bebidas de soja AdeS, da Unilever,
anunciou um recall no início do mês de março. Noventa e seis unidades do suco de maçã fabricado na planta de Pouso Alegre, em Minas Gerais,
continham soda cáustica e causaram mal-estar e queimaduras em alguns consumidores. Depois do ocorrido, a Anvisa interditou a linha de produção de AdeS na fábrica mineira e a Unilever poderá ser multada
em 6 milhões de reais.
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4. Achocolatado indigesto
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(Divulgação/VEJA)
Um lote do achocolatado Toddynho vendido em redes varejistas da região metropolitana de Porto Alegre causou irritação e feridas na boca dos consumidores. A suspeita inicial era de que havia um problema na fórmula do produto. A recorrência dos problemas de saúde fez a vigilância sanitária iniciar uma investigação na fabricante Pepsico. A empresa admitiu que houve uma falha no processo de higienização dos equipamentos que fazem o envasamento, que colocou água e detergente na embalagem do Toddynho.
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5. Suco gosmento
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(Reprodução/VEJA)
A imagem do suco de soja sabor uva AdeS é assustadora. E, o que é pior, a gosma tem vida e se multiplica. O caso ganhou repercussão e se tornou um “marketing viral” quando uma consumidora relatou pelo Facebook a surpresa que ela encontrou quando abriu a embalagem da bebida e viu cair uma espécie de cogumelo. A partir daí, outras pessoas começaram a fotografar, relatar e compartilhar a mesma experiência com produtos AdeS. Todos os casos eram idênticos: fungos que estavam se multiplicando dentro da bebida. A fabricante Unilever culpa os "microfuros" na embalagem pela proliferação de bolores ou fungos, que podem aparecer pelo transporte ou armazenamento irregular. A empresa, porém, reforça que não há nenhum erro no processo de produção.
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6. Leite batizado
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(Alexandre Battibugli/Exame/VEJA)
Em um dos casos mais graves dos últimos anos, cooperados da Parmalat informaram que todo o leite UHT da empresa continha soda cáustica e água oxigenada. O Ministério da Agricultura realizou diversos testes e não detectou a disseminação do problema – mas dois lotes foram recolhidos. A investigação comprovou que a contaminação ocorreu em dois fornecedores de Minas Gerais, onde foram descobertas diversas irregularidades. Outras marcas também foram prejudicadas, mas apenas a Parmalat precisou realizar um forte trabalho de recuperação de imagem pelos danos causados.
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7. Xampu que faz mal à saúde
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(Divulgação/VEJA)
A Secretaria Nacional do Consumidor, que faz parte do Ministério da Justiça, exigiu o recolhimento das embalagens de um litro dos xampus da linha Avon Care Hidratante por possíveis riscos à saúde. Testes apontaram que uma bactéria poderia provocar um quadro infeccioso aos consumidores com sistema imunológico debilitado, se colocada em contato com a pele e os olhos. A Avon recolheu 558 unidades do produto e contatou as revendedoras para trocarem imediatamente o xampu.
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8. Olha quem veio para o jantar
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(Reprodução/VEJA)
Uma consumidora de São José dos Campos, cidade do interior de São Paulo, foi surpreendida ao encontrar um rato morto dentro do pacote de cinco quilos de arroz da marca Namorado. Segundo ela, o produto estava lacrado e dentro da data da validade. A SLC Alimentos, fabricante do produto, tentou recolher o pacote para avaliação, mas a consumidora não permitiu que a empresa tivesse acesso e promovesse uma análise. Em nota, a SLC informou que, com base no lote e na data de fabricação, estava rastreando possíveis falhas de procedimento que possam ter ocorrido naquele dia.
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9. Surpresa da Páscoa
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(Reprodução/VEJA)
No mês de abril, o Procon-SP notificou a empresa de alimentos Cacau Show devido a queixas por parte dos consumidores que compraram ovos de Páscoa mofados em lojas franqueadas. Todas as reclamações feitas referiam-se ao Ovo Brigadeiro, da linha Dreams. A notícia repercutiu nas redes sociais por meio do compartilhamento de imagens que ilustravam o mofo no chocolate.