Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Aneel: conta de luz pode subir em agosto se não houver solução para gastos das elétricas

Segundo diretor-geral da agência, se não for encontrada forma de aliviar as despesas das distribuidoras, empresas terão de subir tarifas

Por Da Redação
16 jul 2014, 18h08

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, afirmou nesta quarta-feira que muitas distribuidoras precisarão repassar o custo elevado da energia no mercado livre aos consumidores, por meio de reajustes na conta de luz já em agosto. O aumento pode ser evitado, segundo o diretor, se o governo e as distribuidoras entrarem em acordo sobre como os gastos recentes com a compra de energia de curto prazo serão amortizados. Entre as empresas que podem ter mudanças em suas tarifas em agosto estão a Celesc (SC), a CEB (DF) e a Celg (GO). “Aquilo que não tiver uma solução via empréstimo ou qualquer outra fonte de recurso, será refletido no processo tarifário”, disse Rufino a jornalistas, após ter sua recondução ao cargo de diretor-geral na Aneel aprovada pela Comissão de Infraestrutura do Senado.

A energia consumida pelas residências é proveniente de um mercado regulado pelo governo. As distribuidoras, como a Eletropaulo, compram energia em leilões promovidos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que estabelece o preço a ser pago por megawatt levando em conta as perspectivas de demanda das próprias companhias. Diante da escassez, as distribuidoras tiveram de comprar energia no mercado livre, que negocia contratos de curto prazo – mais caros e voláteis. Anteriormente, tal mercado era frequentado apenas por grandes indústrias, como as siderúrgicas e químicas, com consumo altíssimo de energia. Atualmente, é uma das principais fontes de eletricidade das distribuidoras. Não fosse a energia disponível nesse mercado, o país, hoje, estaria em situação de apagão.

Segundo Rufino, da Aneel, um eventual novo empréstimo junto a bancos para cobrir os gastos adicionais com a compra de energia é uma das alternativas, mas não a única. Porém, ele não quis informar quais seriam as outras ideias.

Leia mais:

TCU investiga irregularidades no setor elétrico

Continua após a publicidade

Governo negocia novo empréstimo às distribuidoras de energia, diz agência

O diretor-geral da Aneel lembrou ainda que a agência reguladora adiou para o fim do mês de julho a liquidação das dívidas das distribuidoras com a compra de energia no mercado de curto prazo. O objetivo é ganhar tempo até que uma solução seja aprovada junto ao governo. Mesmo assim, Rufino disse que a Aneel não pode garantir quando sairá a solução. A questão vem sendo discutida há semanas em Brasília, principalmente entre a agência e o Ministério da Fazenda.

Em abril, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), onde as liquidações dos contratos de energia são feitas, assinou empréstimo de 11,2 bilhões de reais junto a um sindicato de bancos para repassar às distribuidoras e adiar os reajustes das contas de luz. A operação fazia parte de um pacote do governo para o setor elétrico. Contudo, os recursos, que deveriam cobrir a exposição das empresas até o fim do ano, terminaram em junho, diante do elevado custos da energia gerada pelas usinas termelétricas, e que tiveram de ser pagos pelas distribuidoras.

Leia também:

Consumidores paulistas terão reembolso de conta de luz​

AES Eletropaulo recorrerá sobre devolução a consumidores

(com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.