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American Airlines anuncia que recorreu à lei de concordata, mas continuará operações

Por Joel Robine
29 nov 2011, 14h27

A companhia aérea American Airlines e sua casa matriz, o holding AMR, anunciaram nesta terça-feira ter recorrido à lei de concordata, mas disseram que manterão suas operações normalmente, graças a uma disponibilidade de caixa de 4,1 bilhões em dinheiro.

Em um comunicado, a companhia aérea – cujo presidente executivo renunciante, Gerard Arpey, será substituído por Thomas Horton – explicou que a reorganização que será realizada, no âmbito do capítulo 11 da lei de falências americana, permitirá a redução de maneira duradoura seus custos operacionais, principalmente na questão salarial.

O anúncio foi realizado depois que a American Airlines se vangloriou, no mês passado, de ser uma das poucas grandes companhias dos Estados Unidos que não se declararam recentemente em bancarrota.

No entanto, o mercado há muito acreditava que o grupo poderia ser obrigado a tal extremo por não conseguir obter de seus pilotos as concessões salariais necessárias para sanear suas contas.

Os pilotos da American Airlines afirmam já ter contribuído muito, fazendo importantes sacrifícios financeiros durante a crise anterior, em 2003, quando o grupo era líder mundial do setor.

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“Temos de fazer frente a nossa estrutura de custos, incluindo os custos de nossos salários”, explicou Thomas Horton, ex-diretor financeiro da American Airlines e que será encarregado de impulsionar a recuperação depois da saída de seu antecessor, Gerard Arpey.

A American Airlines, que opera em 260 cidades e em 50 países, assegurou que continuará com seu funcionamento normal e que seus clientes continuarão recebendo os serviços aos quais estão acostumados. O grupo, que investiu muito dinheiro para renovar sua frota, no entanto, não disse nada sobre o destino da enorme ordem de compra de 460 aeronaves (260 Airbus A320 e 200 Boeing 737) anunciada em julho.

“Eles dizem que tudo está normal, mas certamente os cortes vão començar logo”, disse Seth Kaplan, da Airline Weekly. “Eles devem reduzir a frota, os empregados e os trajetos”, completou.

Os rumores de que a AMR iria apelar para a lei de concordata começou a circular depois de uma onda incomum de aposentadorias de pilotos e depois que estes profissionais se desfizeram de seus ativos na empresa.

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As ações da AMR caíram 35% desde o início de novembro. Antes da abertura do mercado americano nesta terça-feira custavam 1,62 dólares. A este preço o valor total da empresa era de 543 milhões de dólares. Contudo, na metade do dia, os papéis perderam 85% do valor.

Muitas empresas de linhas aéreas americanas recorreram à lei de concordata em algum momento desde 1978, segundo dados da Associação de Transporte Aéreo. A maioria conseguiu escapar da quebra, com exceção da PanAM, que desapareceu em 1991.

A Continental recorreu ao Capítulo 11 em 1990 e a Hawaiian Airlines em 1993. A partir de então se iniciou uma década de relativa estabilidade que terminou com o 11 de setembro de 2001, quando o transporte aéreo diminuiu consideravelmente.

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